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2022
Lula e Bolsonaro dominam as redes, figuras do “centro” ficam à sombra
Redação

Nomes como Ciro, Dória ou Moro seguem à sombra do engajamento despertado nas redes sociais de Lula e de Bolsonaro. Em meio a disputas e sem um nome decidido para pleitear 2022, a tentativa de emplacar um nome da direita “moderada” contra Bolsonaro e Lula segue sem apelo social.

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O levantamento foi realizado pelo Instituto Bites e traz dados sobre o engajamento e crescimento das redes sociais das das principais figuras cotadas para a disputa presidencial em 2022. Os dados apontam que as redes que mais crescem em engajamento são as de Lula, que triplicaram o engajamento desde a decisão de Fachin que o reabilitou à eleição (de 15.452 para 45.108 por post), enquanto as redes de Bolsonaro apresentam uma queda no mesmo período, ainda assim mantendo mais que o dobro dos engajamentos de Lula (de 119.477 para 102.302) por post.

Enquanto Lula e Bolsonaro também tiveram um crescimento de seguidores na casa de centenas de milhares (739 mil para Lula e 280 mil para Bolsonaro). Ciro, Dória e Moro tiveram acréscimos, respectivamente, de apenas 77 mil, 59 mil e 9 mil.

Bolsonaro segue tendo uma base de apoio mais ou menos sólida, apesar das metamorfoses que essa base de apoio teve ao longo da pandemia e dos desgastes que veio tendo com sua política desastrosa e genocida para a pandemia, com centenas de milhares de mortos - somando milhares a cada dia - e a fome atingindo patamares que não eram vistos a décadas, com mais da metade da população sofrendo algum nível de insegurança alimentar. As pesquisas mais recentes mostram um empate técnico com Lula.

Após a reversão da sua proscrição eleitoral em março pelo ministro Fachin, do STF, a figura de Lula de longe é a única que pode se comparar em força com Bolsonaro até então. Lula ressurge se colocando como alternativa para a presidência fomentando uma política de canalizar o ódio do povo contra Bolsonaro para 2022. O STF golpista, que cumpriu um papel igualmente importante em arbitrariamente vetar a candidatura de Lula em 2018, agora reabilita Lula sabendo que o mestre conciliador do PT é a figura mais qualificada para desviar qualquer possível revolta contra Bolsonaro para as vias institucionais, esperando 2022 enquanto a política Bolsonaro mata trabalhadores e destrói direitos a cada dia.

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Enquanto isso o “centro político”, um novo eufemismo para a direita tradicional, busca um nome para seguir com a agenda econômica de reformas e privatizações de Bolsonaro, mas que evite os “excessos” desestabilizadores do capitão reformado na relação entre poderes, pautas democráticas e nos seus arroubos autoritários. Mas a busca por uma figura pra fazer frente a Bolsonaro e Lula parece estar sendo uma tarefa difícil, e nenhum dos seis signatários - Dória, Moro, Eduardo Leite, Huck, Amoêdo e Mandetta - da “Carta-manifesto pela Democracia” parece estar decolando.

 
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