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DESIGUALDADE
Número de super ricos no Brasil cresce 44% na crise: taxação das grandes fortunas já
Pedro Costa

Enquanto no Brasil de Bolsonaro os trabalhadores passam fome, com mais da metade da população não tendo garantia de comida na mesa, e morrem de covid-19 esperando leitos, o seleto número de bilionários no país aumenta em 44%, passando de 45 para 65 super ricos, que juntos contém mais de R$1,2 trilhões.

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IMAGEM: (AFP/AFP)

Os dados sobre o crescimento dos bilionários saiu na revista Forbes nesta terça-feira (6). Nela não constam apenas novos brasileiros, mas sim um número total de 660 novos super ricos, um grupo seleto de burgueses que durante a pandemia viram uma oportunidade ímpar de se tornarem ainda mais ricos, enquanto a grande maioria da população mundial padece com a fome, trabalho e condições de vida precários e morte.

Esses bilionários juntos detém o patrimônio de US$ 13,1 trilhões, o equivalente a R$ 73,3 trilhões. Isso é quase dez vezes o tamanho do Produto Interno Bruto do Brasil apurado em 2020 pelo IBGE: R$ 7,4 trilhões. No ranking do ano anterior, essa soma dos bens dos bilionários era de US$ 8 trilhões (R$ 44,8 trilhões). Ou seja, a concentração de riqueza na mão desses poucos aumentou quase em 30 trilhões de dólares.

Ironicamente, esses dados saíram no mesmo dia que outro, que mostrava que pela 1ª vez em 17 anos, mais da metade da população brasileira não tem garantia de comida na mesa, com mais de 116 milhões de brasileiros nessa situação, sendo as mulheres e os negros os mais atingidos.

Na segunda passada (5), chegamos no Brasil à pior semana da pandemia até então, com o total de 19 mil mortos em 7 dias. Atualmente o Brasil já figura no topo do ranking das piores gestões da pandemia no mundo. Bolsonaro, com seu negacionismo, e todos os atores do regime golpista, como o STF, o congresso, o senado e os militares, são culpados.

Por mais que os governadores, como Doria, façam demagogia em torno das vacinas, com o governador de SP tentando se colocar como salvador da pátria, nenhum deles garantiu medidas mínimas de combate à pandemia, e na verdade quando se tratou da aprovação de ataques à classe trabalhadora, como a votação das MPs 927, do ano passado, e a recente MP 936, estão todos juntos.

Durante a pandemia não garantiram testes massivos, o básico que serviria para mapear o contágio, e nem um auxílio emergencial no valor de um salário mínimo, sendo que hoje o auxílio vigente paga entre R$ 150 até R$ 375 no máximo, no caso de mães chefes de família.

Ao invés de confiar no programa para a pandemia de qualquer ator desse regime, devemos confiar nas nossas próprias forças e ter um programa independente de combate a pandemia. Os lucros gigantescos desses bilionários deveria ser confiscado. Para se ter uma ideia do tamanho do lucro desses bilionários, o novo auxílio emergencial implementado este ano custa R$34,2 bilhões, o aumento de patrimônio desses super ricos ultrapassa o valor de R$500 bilhões. Com o confisco desse dinheiro seria possível um auxílio que fosse muito mais amplo e que pagasse muito mais. Além de que se conseguiria apenas com esse dinheiro garantir a produção de insumos e equipamentos médicos para combater a crise pandêmica.

 
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