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POLÍTICA
Empresários mais ricos e 36% da população com fome. Que os capitalistas paguem pela crise!
Redação
Zasalamel Ferreira

A Forbes divulgou uma lista da qual revela que durante a pandemia o número de bilionários do país cresceu, ao mesmo tempo em que na mesma semana uma pesquisa mostra que 36% dos brasileiros durante a pandemia passam ou já passaram fome. Isso é uma demonstração de que as medidas que Bolsonaro e os governadores tomam para salvar a economia dos capitalistas têm funcionado, mas colocando milhares de trabalhadores para morrer nas filas dos hospitais aguardando leitos, e com a fome que toma conta das classes mais pobres.

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Imagem: Tuca vieira / Folhapress

Segundo a lista da Forbes o número de bilionários brasileiros subiu de 45 para 65 durante o ano de 2020 até o momento presente em 2021, e juntos esses bilionários acumulam o patrimônio de 219 Bilhões de dólares, contra 127 bilhões do ano passado. Muitos desses empresários mantiveram o aumento dos seus lucros graças às medidas de Bolsonaro e dos governadores, que nos levaram a milhares de mortes pela política negacionista do governo como por exemplo o auxílio de um trilhão de reais que foi liberado aos banqueiros, ao invés de ter sido investido na área da saúde no início da pandemia, que provavelmente beneficiou vários dos banqueiros que aparecem nessa lista, tal como Vicky Safra, herdeira da fortuna de Joseph Safra, que faleceu no ano passado.

Enquanto isso toda a população que sofre diariamente as consequências do negacionismo do governo Bolsonaro e dos governadores, e que gera todas as riquezas das quais mantém todos esses bilionários, sofre com a crise sanitária, com a precarização do trabalho, com o desemprego, enquanto morrem nas filas dos hospitais sem direito a leitos e respiradores e também sem direito a um auxílio emergencial digno para poder ser manter durante a pandemia. Os dados da pesquisa do PoderData, revelam que nesse período 36% dos brasileiros passam fome. 7% desses 36% deixaram de comer algumas refeições diárias enquanto os outros 29% têm comido muito menos do que o costume.

É extremamente revoltante sabermos que todos os dias os governadores, deputados e o presidente da república reafirmam que precisamos salvar a economia, e portanto são necessários que os comércios e postos de trabalhos funcionem normalmente para o país não entrar em colapso. Mas o colapso realmente acontece só para os trabalhadores. Enquanto isso a saúde pública colapsa, nossos salários são reduzidos e congelados. enquanto os preços dos alimentos não param de subir e as contas básicas tal como o gás de cozinha e combustíveis só aumentam, e os bilionários ficam cada vez mais bilionários.

É mais que necessário um auxílio emergencial de no mínimo um salário mínimo e também que todos os preços dos alimentos e itens básicos sejam congelados junto com as contas de água, luz e internet. Além disso, é preciso que seja garantida aos trabalhadores a vacinação e todos os meios de tratamento para o COVID. Mas para isso é necessária a quebra de todas as patentes para o avanço científico da pesquisas em métodos efetivos para o tratamento dos infectados e uma produção massiva da vacina que se dê também por via da reconversão da indústria para a produção de insumos.

Nenhuma dessas medidas urgentes se dará pelas mãos dos governadores, dos militares ou do Bolsonaro, e sim por via da luta dos trabalhadores, por isso a organização é mais que necessária. As centrais sindicais, como a CUT e a CTB deveriam romper com seu imobilismo e trégua com os patrões, e organizar assembleias onlines e presenciais nas categorias das quais dirigem, para que assim conformem um grande plano de lutas para que os trabalhadores se coloquem enquanto sujeitos para reverter essa situação. Pois, se dependermos das mãos dos governadores, Bolsonaro e Mourão, continuaremos a morrer enquanto os bilionários se tornam cada vez mais bilionários.

Fonte: Poder 390 / Revista Forbes

 
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