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POLÍTICA
Fora Bolsonaro, Mourão e os militares: uma nova Constituinte para mudar todas as regras do jogo
Zasalamel Ferreira

Todo o cenário de desemprego e fome colocado na pandemia com por conta do negacionismo Bolsonarista, que levou o país a quase 315 mil mortes por COVID-19 até agora, junto com os militares e o centrão, que tiveram um papel fundamental em precarizar nossa vidas com as reformas, nos mostra que é mais que urgente a organização da classe trabalhadora para dar uma resposta a toda essa situação. Precisamos de uma assembleia constituinte livre e soberana que possa anular as reformas e colocar os trabalhadores a frente sem que para isso tenhamos a falsa esperança de que Lula em 2022 vá resolver os problemas do país.

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Foto: Agencia Brasil

A crise do governo e fortalecimento do centrão em uma primeira vista pode nos passar um sentimento de amenização do reacionarismo e do negacionismo do governo Bolsonaro, que foi capaz de cruzar os braços diante de uma das maiores catástrofes causadas pelas mãos do capitalismo que está sendo a pandemia. Nesse momento os militares cinicamente tentam retirar de si as responsabilidades pelas atrocidades cometidas pelo governo Bolsonaro com o caos econômico e sanitário.

Essas mudanças que se dão a partir da crise podem nos passar a imagem de que novas alternativas estão surgindo para conter o caos atores do regime que entram e saem do governo, mas todos com o mesmo objetivo de descarregar a crise capitalista nas costas dos trabalhadores, com a precarização dos nossos empregos junto como a reformas e a continuação do pagamento da dívida pública.

Mesmo com as novas figuras se colocando no tabuleiro não podemos esquecer quem são as tais figuras reacionárias e qual o seu papel. Um exemplo disso é Flávia Arruda, a nova secretária de governo, que votou pela reforma da previdência e ocupa o lugar do general Luiz Eduardo Ramos. Flávia é esposa do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, que foi preso e afastado do cargo após ser condenado por um esquema de corrupção, formação de quadrilha e arrecadação de propina que o rendeu 900 milhões na obra do estádio Mané Garrincha.

Outro exemplo é o Ministro da justiça Anderson Gonçalves Torres, amigo próximo de Flávio Bolsonaro, que se tornou ministro essa semana e já foi acusado de sequestro e tortura de dois jovens acusados de assaltar a casa de um agente da PF de Brasília em 2007.

Mesmo que os atores do jogo sejam mudados pelas mãos do estado, nenhum deles se encontra do nosso lado. As organizações de esquerda fazem um esforço tremendo pedindo um impeachment que possa ser concedido pelo parlamento, sem dar nenhuma alternativa aos trabalhadores, que por um lado cumpre a função de fortalecer a política petista de desgastar o governo Bolsonaro até 2022 e assim colocar Lula como um alternativa para administrar o estado com todas as reformas colocadas.

Mesmo que a crise do governo Bolsonaro avance a ponto de se acontecer um impeachment, a alternativa que se coloca é o General Mourão, que também é um negacionista reacionário que além de estar ao lado de Bolsonaro aprovando seu imobilismo perante as milhares de mortes de trabalhadores durante a pandemia, reivindica o legado do general Ustra, um dos maiores torturadores e repressores durante a ditadura militar, além de afirmar que o racismo no não existe Brasil e ser um grande defensor do agronegócio e do extermínio indígena.

A única saída que nos resta diante desse regime putrefato, que dentro de todas as suas disputas internas, tem com o pauta em comum os ataques a classe trabalhadora para garantir cada vez mais os lucros dos patrões e dos banqueiros em detrimento da vida das mulheres, negros e LGBTS, é a força dos trabalhadores sendo atores da transformação da realidade propondo os rumos da sociedade que é movida por eles. Somente uma assembleia constituinte livre e soberana é capaz de fazer com que todos os ataques tal como as reformas sejam anulados junto com a lei do teto de gastos, para que o dinheiro gerado pelos trabalhadores seja destinado aos trabalhadores e não para os lucros dos patrões.

Somos nós trabalhadores que precisamos ditar os rumos da economia e das nossas vidas, porque se depender do regime do capital, nossa vida está destinada a morrer em meio a doença para garantir e salvar uma economia que lucra com nosso sangue, mas não é capaz de nos garantir empregos e saúde. Para isso é necessário que a CUT e as centrais sindicais saiam do seu imobilismo, e seu perdão aos golpistas e organize os trabalhadores em seus locais de trabalhos com assembleias de base, online ou presenciais, e conforme um plano de lutas que sirva para fortalecer os trabalhadores para lutar contra o regime e impor na base da luta uma nova assembleia constituinte.

 
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