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REFORMAS MINISTERIAIS
“Centrão não é uma alternativa aos Militares, reformas ministeriais são para continuar os ataques.” diz Diana Assunção
Redação

O dia de ontem (29) foi turbulento para o governo Bolsonaro com mudanças que já estavam anunciadas mas que aparentavam vir espaçadas no tempo. Sobre o dia, as mudanças e o que significa para classe trabalhadora conversamos com a fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas e trabalhadora da USP, Diana Assunção

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Foto: Leticia Parks à esquerda, Diana Assunção no meio e Marcelo Pablito à direita

“É importante primeiro dizer, que o que passou no dia de ontem não ta desconectado das 3000 mil mortes diárias do país, das mais de 300 mil pessoas mortas por essa doença, do colapso no sistema de saúde brasileiro. E que nenhum desses setores, nem os militares que antes ocupavam ministérios, nem o Centrão apontam para um combate real à pandemia, na verdade aprovam cortes, como a PEC Emergencial que congela os salários de profissionais da saúde até 2036. Só a classe trabalhadora pode dar essa resposta, tendo um programa que atenda às suas demandas, como nós do Pão e Rosas viemos defendendo.

Ao que parece até agora, ainda que tenha que se confirmar nos próximos dias, é que o peso do Centrão que vinha aumentando no governo Bolsonaro, deu um novo salto de qualidade fruto de pressões feitas por Lira e Pacheco contra a “ala ideológica” e mais dinheiro para o Centrão em emendas parlamentares em um momento onde a votação do Orçamento está travada. Além disso há também a certa discordância de setores da ativa dos militares junto com o ex Ministro da Defesa sobre o papel dos militares no governo e no combate à pandemia, um setor que cinicamente não abre hospitais militares para o conjunto da população. Tal desavenças por maiores ou menores que sejam entre os militares são apenas de interesse, todos são parte do regime golpista e autoritário.

Nenhum desses setores, altera o calendário de ataques e privatizações, ainda que há de ver como ficam os pesos das pautas ideológicas de Bolsonaro - como ataques aos direitos das mulheres. O caso do senador do Podemos que propos uma bolsa-estupro, acabando com o minimo de um direito ao aborto, é um exemplo. O ritmo a que se podem dar os ataques também há de se ver, se mantêm as aspirações à reforma tributária e medidas ao agronegócio, contra terras indígenas e áreas de proteção ambiental. Além do uso escandaloso da Lei de Segurança Nacional e a manipulação de operações da PF para blindar a família Bolsonaro. As mudanças no Ministério da Justiça e AGU indicam isso e a deputada do Centrão ocupando a secretaria de governo atestam isso.

Com algumas semanas passando em 1 dia, parafraseando Lênin, para nós do Pão e Rosas, com as fissuras e crises do regime, temos que ter uma resposta da nossa classe. Não dá para esperar passivamente até 2022 como o PT e Lula vem fazendo, nem ter um pingo de confiança em setores como os militares golpistas e STF que trouxe de volta à lei de mordaça da ditadura militar, temos que ter uma resposta da classe trabalhadora junto com todos os seus aliados, para derrotar Bolsonaro, Mourão e todos os golpistas.” disse Diana Assunção.

Leia Mais: Entenda a reforma ministerial: a dança das cadeiras entre militares e o Centrão

Veja também: Declaração do Pão e Rosas frente ao avanço da pandemia

 
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