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CORONAVÍRUS NO RS
RS passa de 17 mil mortes por covid enquanto Leite e Melo flexibilizam a economia
Redação Rio Grande do Sul

Nesta segunda (22), o estado do Rio Grande do Sul ultrapassou a marca de 17 mil mortes para a covid-19. Mesmo dia em que o governo Leite volta a flexibilizar a economia para salvar o lucro dos empresários enquanto os trabalhadores seguem sucumbindo ao vírus.

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Foto: Ricardo Giusti

Nesta segunda (22), o estado do Rio Grande do Sul ultrapassou a marca de 17 mil mortes para a covid-19, depois de passar uma semana batendo recorde de mortes diárias, junto com o restante do país, que chegou à marca de quase 3 mil mortes por dia. O agravamento da pandemia segue aumentando em todo o estado com as taxas de ocupação de leitos de UTIs acima de 107%, e com novas variantes do vírus circulando entre a população.

No mesmo dia em que chegamos a esta terrível marca de mortes, o governo de Eduardo Leite começou a flexibilizar novamente a economia no estado. Alterando a bandeira preta para a vermelha, e assim permitindo que algumas atividades retornem em volta a expor os trabalhadores ao vírus em meio a toda essa desgraça. A flexibilização foi anunciada na semana passada pelo o governador que acalmou a horda bolsonarista negacionista que fez inúmeras carreatas nas últimas semanas enquanto o sistema de saúde colapsou no Estado, e com direito de soltar uma provocação ao presidente Bolsonaro dizendo que “chegou tarde”, em referência à ADI protocolada no STF pelo governo federal.

A flexibilização foi muito bem aplaudida pelos os prefeitos, incluindo o prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo, que desde o início do seu mandato este ano vem tomando várias medidas para diminuir as restrições e negando todo o avanço da pandemia e negligenciando o número de mortes. Chegou ao absurdo de ter declarado na semana passada que os "hospitais sempre terão como colocar mais alguém", ignorando as super lotações dos leitos de UTIs e ignorando as mortes que já estão ocorrendo na fila de espera por leitos.

A política de Leite e Melo é assassina, segue a mesma linha de Bolsonaro para “salvar a economia” e ignoram as mortes que seguem subindo de forma desenfreada, e o colapso que vem ocorrendo no sistema de saúde. Toda sua política está voltada aos interesses dos empresários, que seguem pressionando o governo para reabrir o comércio e outros ramos e salvarem seus lucros. Fazem demagogia que precisam preservar empregos, mas esses mesmo empresários seguem demitindo os trabalhadores mesmo com flexibilização ou não. E assim descarregar os efeitos da crise nas costas da classe trabalhadora que já sofre com o vírus e com a fome batendo cada vez mais na porta com o preço dos alimentos em alta.

Assim seguimos sofrendo com a crise sanitária enquanto os governos e os capitalistas seguem com o descaso e negligenciando a pandemia, e com medidas medievais de isolamento social que hora são mais restritas e hora são mais flexíveis. Isso permite que o vírus siga circulando tranquilamente. É preciso garantir testes massivos para localizar o vírus e isolá-lo, garantir auxílio para tornar a quarentena um direito de todos e não um privilégio de alguns, é necessário também mais contratação de funcionários para suprir as demandas nos hospitais; converter a indústria para produzir insumos médicos; e transformar os hotéis vazios em grandes hospitais de campanha.

Desenvolvemos um programa emergencial para a crise neste texto aqui, onde colocamos como é impossível combater a pandemia sem se enfrentar com os grandes lucros dos capitalistas e também com o próprio governo federal e os governadores que, cada um a seu tempo e modo, governam em benefício dos grandes capitalistas.

 
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