O Ministério da Economia que está à mercê da política neoliberal do Paulo Guedes começa o ano fazendo a primeira avaliação formal dos gastos públicos, a priori a conclusão é que as contas de 2021 estão estourando o limite do teto de gastos em aproximadamente R$ 17,6 bilhões.
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CARL DE SOUZA/AFP
O Teto de Gastos aprovado em 2016 logo após o golpe institucional, limita as despesas públicas à variação da inflação e tem o objetivo de não estourar os gastos para que sobre dinheiro para o pagamento da fraudulenta dívida pública. Ou seja, ele impede e restringe o investimento em saúde, educação e etc. a serviço de deixar os banqueiros e o capital estrangeiro ainda mais ricos, descarregando a crise nas costas da classe trabalhadora.
Avaliando o levantamento feito pelo Ministério, as despesas até fevereiro e a projeção do valor previsto até o fim do ano indicam que o governo precisará cortar ainda mais os investimentos em setores essenciais, como os já mencionados, para não quebrar a “regra de ouro”.
Como o orçamento de 2021 ainda não foi aprovado pelo Congresso, Paulo Guedes já busca de antemão maneiras de atacar os trabalhadores para honrar com seu compromisso com o capital financeiro. Somente neste começo de ano os golpistas já passaram a PEC Emergencial - que congela o salário do funcionalismo público até 2036 -, planejam diminuir o seguro-desemprego, exultam o auxílio emergencial e tantos outros ataques que precarizam a vida da classe trabalhadora. Enquanto isso, seguem preservando seus privilégios e agora pretendem reajustar e investir cerca de ⅕ do orçamento nos militares.
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