Foto: Natinho Rodrigues
Em meio à pandemia, o direito à água potável, algo tão básico e fundamental, se tornou também uma necessidade para garantir a prevenção do Covid-19. Entretanto, números do Instituto Trata Brasil mostram que mais de 5 milhões de brasileiros, nas 100 maiores cidades do país, não têm acesso à água potável. São 5 milhões de brasileiros praticamente sem acesso à higiene, alimentação adequada e correndo o risco de contraírem doenças totalmente evitáveis como diarreia.
Ainda de acordo com o levantamento, metade do esgoto que é gerado no país não é tratado, com 21,7 milhões de pessoas sem acesso à coleta de esgoto. Um campo aberto para disseminação de doenças e agravamento de epidemias. Diferentemente do absurdo falado por Bolsonaro, de que o brasileiro “pula no esgoto e nada acontece”, o Brasil tem mais de 300 mil internações por ano e uma média de 11 mil mortes anuais causadas pela ausência do direito ao saneamento.
Cenário nas cidades de médio e pequeno porte
Contando todo o país esses números aumentam assustadoramente, segundo indica o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o número de brasileiros que não possuem o mínimo acesso à água chega a quase 35 milhões. Nos pequenos municípios, cerca de 25% das pessoas não possuem acesso à água tratada.
São números que assustam: nos municípios de médio porte somente 32% da população tem coleta de esgoto, enquanto nas cidades mais numerosas, esse número chega a 73%. Somente metade da população tem acesso à rede de esgoto.
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