Foto: Marcos Corrêa/PR
A Polícia Federal intimou 25 pessoas por terem compartilhado nas redes sociais mensagem contra Bolsonaro. O jovem estudante de jornalismo que foi o autor do tuíte foi preso horas depois de fazer a publicação e após 1 dia foi solto.
A Polícia Militar conduziu varredura autoritária nas redes sociais e prendeu o rapaz por um tuíte contra Bolsonaro, que passava pela cidade. A prisão se deu em base à Lei de Segurança Nacional (LSN), mecanismo de perseguição política que é herança da ditadura militar.
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Agora, a PF busca dar continuidade à perseguição política de Bolsonaro e seu objetivo de instaurar medo nos que detestam seu governo, mandando que outras pessoas prestem depoimento.
No twitter, o jovem publicou a seguinte frase: "Gente, Bolsonaro em Udia amanhã... Alguém fecha virar herói nacional?". A prisão por esse tuíte, semelhante a outros milhares que diariamente expressam o ódio e indignação contra esse governo genocida, se trata de perseguição política por parte do Estado.
“A prisão em flagrante delito nos moldes ocorridos em desfavor de João é grave precedente que merece atenção, vez que constituiu nefasta conduta eivada de tons ditatoriais na supressão de direitos fundamentais do cidadão“, afirmaram os advogados que acompanham o caso.
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Tais ações seguem a esteira de medidas autoritárias levadas a frente pelo governo Bolsonaro, como ocorrido ontem, quando a PF prendeu cinco manifestantes por usarem uma faixa escrito "Bolsonaro Genocida". Essa semana, Felipe Neto também foi intimado em casa por conta de supostamente infringir a Lei de Segurança Nacional. São casos de evidentes restrições e censuras à liberdade de expressão e de pensamento, típicos de regimes autoritários e ditatoriais, que devem ser amplamente rechaçados.
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