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"Abertura de leitos em massa com contratação e centralização da saúde" diz Babi do HU da USP
Redação
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"Já são mais de 282 mil mortes no Brasil, onde 25% dessas vidas perdidas foram só no estado de São Paulo governado pelo João Doria que se diz opositor de Bolsonaro. Essa divisão de cores não representa em nada a proteção às nossas vidas. Os governos nada garantiram para o isolamento social dos trabalhadores não essenciais, com um auxílio de pelo menos um salário mínimo para os que precisam; muito menos garantia de segurança pra aqueles que estão na linha de frente como os trabalhadores da saúde, que são quem realmente lutam pela vida de toda população, mesmo com toda a precariedade implementada neste setor.

Enquanto isso, leitos vagos nos hospitais estão se extinguindo e todo o sistema de saúde está à beira do colapso, sendo que a ocupação é de 90%, mas muitas cidades e regiões já não têm vagas nem mais nas enfermarias. Isso significa que não só o sistema de saúde não terá em breve mais leitos para pacientes com covid, como também não terá como atender a população com outras emergências.

Mais do que nunca, é preciso um plano emergencial de combate contra a pandemia. E, dentre tantas medidas, é fundamental que a fila dos leitos seja única, não tendo distinção de direitos, com privilégios para os mais ricos. Tanto os leitos públicos como os privados devem ser centralizados em uma única fila para o atendimento de todos, e ainda se dispondo da rede hoteleira para abertura de leitos. E para o atendimento de toda a população é necessário a contratação emergencial de trabalhadores da saúde que possam ampliar esse atendimento.

O Doria anunciou a abertura de hospital de campanha, que é necessário, mas o governo não atende nem mesmo os hospitais que já estão funcionando e que sofrem com falta de funcionários, EPIs, medicamentos, entre outros itens essenciais para salvar a vida da população. Fora os hospitais que funcionam abaixo de suas capacidades, como o hospital público de Guaianazes que tem 2 dos seus 4 andares parados, com equipamentos abandonados. É preciso a abertura imediata de todos os leitos paralisados e abandonados!

Veja também: 5 medidas emergenciais contra o colapso hospitalar no Brasil.

O SUS já vem sofrendo ataques há anos, tendo um golpe certeiro quando foi aprovada em 2016 a PEC do Teto dos gastos, onde dentre as medidas implementadas, a saúde passou a ter uma limitação de gastos durante 20 anos para atender ao pagamento de uma dívida pública ilegal, ilegítima e fraudulenta, que rouba as riquezas nacionais - aquela produzida pela força e mãos de toda classe trabalhadora - para o mercado financeiro internacional.

Não podemos esquecer nem por um segundo de que se estamos vivendo essa calamidade no sistema de saúde é porque o negacionismo do Bolsonaro junto com os governadores e todos as alas golpistas do país - como os militares, Congresso e STF - deixaram isso acontecer. Manaus mostrou, tanto na primeira onda como na segunda onda, o colapso que todo o país iria viver. Nem mesmo ver pessoas morrendo por asfixia, sem oxigênio, foi um alerta de emergência para o que estava por vir para todos nós, para aqueles que só se movem pelos seus lucros.

Depois do golpe institucional, que aconteceu justamente para precarizar a vida e atacar com golpes duros todos os trabalhadores e a juventude, em um ritmo mais acelerado e mais profundo do que o PT vinha aplicando, os golpistas acabaram com a previdência, os direitos trabalhistas e agora, com a PEC emergencial, congelaram o salário até dos trabalhadores que passam horas tentando salvar a vida dos nossos amigos e parentes dentro das unidades de saúde. Nem sequer vacina para todos os trabalhadores da saúde foi garantida.

Pode interessar: Trabalhadores do HU da USP dão exemplo e realizam forte paralisação por vacina para todos.

E enquanto isso, as centrais sindicais - dirigidas principalmente pelo PT e PCdoB - deixaram passar passivamente todos esses ataques e não mobilizaram a nossa classe para lutar para que sejam os patrões que paguem por essa crise. Esperam quietos pelas eleições de 2022."

Veja também: Basta de paralisia: CUT e CTB precisam organizar plano de luta contra a pandemia e os ataques.

 
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