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CARESTIA
A fome bate na porta dos trabalhadores: cesta básica fica 33% mais cara sob Bolsonaro
Redação

Hoje, o brasileiro gasta em média mais da metade (54,23%) do salário mínimo líquido para comprar a cesta básica, além de amargar desemprego recorde e ver o auxílio emergencial diminuir drasticamente em meio a pandemia. Com o valor do auxílio emergencial por R$250 no máximo, um trabalhador na cidade de São Paulo consegue comprar apenas 39% de uma cesta básica de alimentos.

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Foto: Marcelo Camargo/ABr

O governo Bolsonaro diminuiu a capacidade de compra dos trabalhadores assalariados com o aumento dos preços dos alimentos básicos. Entre o início deste ano e o mesmo período em 2019, o preço da cesta básica subiu 32,56%.

Em abril de 2020, quando o auxílio emergencial de R$600 começava a ser pago, os preços já subiam cada vez mais. Hoje, com o valor do auxílio emergencial por R$250 no máximo, um trabalhador na cidade de São Paulo consegue comprar apenas 39% de uma cesta básica de alimentos. O valor da cesta completa na capital paulista é em média R$639,37.

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Em relação a 2019, hoje os brasileiros podem levar a mesma quantidade de itens para casa depois das compras no supermercado, porém em quantidades menores e com opções mais baratas.

A qualidade de vida vai assim se precarizando através da alimentação diária, e diretamente empurra milhares para a tristeza da fome. A restrição das possibilidades de compra dificultam a alimentação completa em três refeições diárias, e grande parte da população depende de doações para sobreviver.

Mais de 16 milhões de pessoas que vivem em favelas, por exemplo, já realizam em média menos de duas refeições por dia durante a pandemia, enquanto o agronegócio se esbalda nos lucros da alta de preços, com investimentos bilionários advindas do próprio governo Bolsonaro.

Hoje, o brasileiro gasta em média mais da metade (54,23%) do salário mínimo líquido para comprar a cesta básica. Na cidade de São Paulo, o percentual de comprometimento da renda chega a 62,85%.

A alta do preço dos alimentos durante a pandemia foi quase o triplo da inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Enquanto o índice registrou variação de 5,20% nos 12 meses até fevereiro, a alta de preços na cesta de alimentos passou de 20% em 12 capitais brasileiras. Florianópolis (SC) é a capital com maior custo médio, com 29,74% de aumento no preço dos alimentos.

O salário mínimo, hoje em R$ 1.100, foi reajustado, na passagem de 2020 para 2021, em índice inferior ao do INPC, outro indicador calculado pelo IBGE e usado como referência para o aumento do piso e das aposentadorias, de forma que quem recebe um salário mínimo viverá este ano com R$ 2 a menos até o próximo aumento.

Além da inadequação do salário em relação à inflação, a população amarga no desemprego recorde em meio a crise sanitária. Assim, a fome bate na porta dos trabalhadores e já é uma realidade para a população marginalizada, enquanto em 2020 o governo Bolsonaro e Mourão gastou R$15 milhões apenas em leite condensado.

 
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