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PERSGUIÇÃO
Em ataque antissindical, professora da UFRPE é intimada na PF por criticar Bolsonaro
Redação

A professora Érika Suruagy, presidente do Sindicato Docente da Universidade Federal Rural de Pernambuco-ADUFRPE em 2020, está sendo intimada pela polícia federal para inquérito criminal a pedido de Jair Bolsonaro, pelo sindicato ter feito manifestação política com um outdoor que criticava a gestão de Bolsonaro da pandemia, num claro ataque a liberdade de expressão na universidade e uma medida antissindical contra a manifestação política da entidade.

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A professora Érika Suruagy está sendo intimada por inquérito criminal em função do Sindicato Docente da Universidade Federal Rural de Pernambuco-ADUFRPE, no qual ela era presidente, ter feito em 2020 uma manifestação legítima em um outdoor com críticas à gestão da pandemia de Jair Bolsonaro no Brasil. É prática comum dos sindicatos, diretórios e centros acadêmicos se manifestarem na universidade, como parte do exercício de livre pensamento e de manifestação política, sendo um gesto de clara censura e uma intervenção policial na universidade, uma repressão que além de tudo fere a autonomia universitária.

No outdoor estava escrito: “O senhor da morte chefiando o país. No Brasil, mais de 120 mil mortes por COVID-19”. Além de sob qualquer ponto de vista democrático ser uma manifestação legítima, também politicamente não poderia deixar de ser posto que o conteúdo político é apoiado por milhões e milhões de brasileiros que tem apontado uma visão crítica sobre os rumos do país e a gestão da pandemia de Bolsonaro, que já levou a mais de 270 mil mortes e tem sido debatido hoje nos principais jornais internacionais como o Brasil tem se tornado um “laboratório a céu aberto da COVID”, uma situação insustentável.

Não se trata de uma ação isolada, muitas universidades na região e no país tem sido alvo de perseguições e intervenções, tendo como últimos capítulos a interferência direta de Bolsonaro na imposição do reitor da UFCG, que tem sido alvo de protestos de estudantes, trabalhadores e professores, e o caso de perseguição de professores com claro cunho ideológico de censura.

Sobre a questão da perseguição da professora da UFRPE, Cristina Santos do Esquerda Diário Recife, declarou: “nossa total solidariedade a professora Érika Suruagy. É mais um caso de perseguição injusta e inaceitável e não podemos nos calar. Devemos reagir com forte campanha democrática e mobilização dos estudantes, trabalhadores e professores das universidades e da região, para darmos um basta nas intervenções de Bolsonaro, os autoritarismos do atual regime político, mudar os rumos do país na pandemia, garantindo vacinas para todos, e lutando também para revogar as reformas econômicas como a trabalhista, previdenciária e teto dos gastos, que tem levado a grande sofrimento a população. Colocamos nosso jornal a disposição da professora e do sindicato para contribuir com essa campanha”.

Abaixo publicamos a nota oficial da UFRPE:

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), por meio de sua Administração Superior, vem expressar solidariedade à professora Erika Suruagy, representando a Associação dos Docentes da UFRPE (Aduferpe), intimada a depor junto à Polícia Federal a partir de inquérito criminal aberto para apurar a colocação de outdoors, em 2020, com críticas ao Governo Federal.
Reafirma-se o direito legítimo a manifestações públicas, sejam de origem do movimento sindical ou de qualquer outra, ressaltando-se o caráter inconstitucional e inadmissível da censura.

 
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