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COLAPSO SAÚDE
Colapso da saúde: onze pacientes morrem na fila de espera da UTI em Taboão da Serra
Redação

Em Taboão da Serra, município da região metropolitana de São Paulo, 11 pacientes morreram de sexta (5) até ontem (8) à espera de leito na UTI. As políticas negacionistas de Bolsonaro e a demagogia de Doria estão deixando o povo brasileiro morrer.

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Foto: EBC Memória

Em entrevista que a secretária-adjunta da Saúde de Taboão da Serra (SP), Thamires May, deu ao Bom Dia São Paulo da TV Globo, a cidade não possui nenhum leito do estado e o sistema de saúde do município não está dando conta da demanda. Com todos os leitos ocupados e mesmo aumentando de forma improvisada a disponibilidade de vagas na UTI, toda a capacidade que Taboão da Serra possui para atender aos contaminados pela covid-19 em estado grave já foi ocupada. Em decorrência disso, pacientes em estado grave estão morrendo na fila da UTI, sem a possibilidade de ter o devido atendimento médico.

Desde o dia 3 de março a cidade não consegue transferir pacientes em estado grave por conta do colapso no Sistema Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde).

“No momento estamos com 11 pacientes intubados, 16 aguardando transferência via Cross e tivemos 11 óbitos, infelizmente, esses estavam inseridos no sistema aguardando uma vaga de terapia intensiva", disse Thamires na entrevista.

Confira abaixo a declaração enviada pela Secretaria de Saúde do estado de São Paulo sobre a situação de Taboão da Serra:

É errada a informação de que a Cross (Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde) negou vagas para Taboão da Serra. Desde 3 de março, houve 144 regulações de diversos perfis de pacientes, incluindo 14 suspeitos ou confirmados de COVID-19. Portanto, a Cross mantém o auxílio em todos esses dias.

Consta na Cross informação de óbito de oito pacientes de Taboão da Serra desde o dia 28 de fevereiro, até ontem. As idades variavam entre 53 e 82 anos, sendo idosos ou pessoas com comorbidades, com pedidos registrados em média 24h antes do óbito. Nessas situações, o falecimento ocorreu não por ausência de medidas pelo Estado, mas pela gravidade clínica dos pacientes. Outros dez pedidos registrados no período ficaram sem atualização por parte do município em período superior a 48h, o que inviabiliza o trabalho dos médicos da Cross.

O papel da Central não é criar leitos, mas sim auxiliar na identificação de uma vaga no serviço mais próximo do paciente e apto a cuidar de seu caso.

O município conta com dois hospitais estaduais de referência para coronavírus: o Regional de Cotia, com 36 leitos de enfermaria e 30 de UTI, e o Geral de Itapecerica da Serra, com 10 de enfermaria e 31 de UTI. Além disso, os cidadãos podem ser atendidos em outros locais, como na Grande São Paulo, que possui mais de 2,7 mil leitos de UTI no SUS. Vale lembrar que o Estado atua de forma regionalizada e a criação de leitos não é prerrogativa desta única esfera, cabendo também ao município e Governo Federal.

A Secretaria de Estado da Saúde está aprimorando a estratégia de gestão de leitos para casos de síndrome respiratória, além de otimizar a rede para garantir assistência.

O colapso do sistema de saúde está se dando em todos os estados do país; município responsabilizam o estado, que responsabilizam o governo federal, a verdade é que nenhum deles está agindo de forma responsável para se enfrentar com a pandemia e a crise sanitária. Permitiram que mais de 265 mil pessoas morressem pelo coronavírus e que mesmo após um ano de pandemia, estejamos hoje alcançando níveis recordes de mortes diárias. Mesmo assim, não oferecem políticas de combate, como a vacinação de toda a população, a testagem massiva, ampliação dos leitos, abertura de hospitais de campanha e contratação de mais profissionais da saúde.

Ao invés de todas essas saídas, e muitas mais, que os próprios trabalhadores vêm reivindicando desde o início da pandemia, os governos precarizam mais o trabalho com reformas e projetos de lei, expõe a população ao risco de contaminação com a reabertura insegura das escolas no maior pico da pandemia, votam políticas como a PEC Emergencial que enchem os bolsos da alta casta política de dinheiro enquanto a classe trabalhadora amarga o desemprego, a fome e o luto.

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