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ANULAÇÃO DAS CONDENAÇÕES DO LULA
Que a CUT saia da paralisia e organize a mobilização pela anulação dos processos e contra a crise sanitária!
Redação

O Ministro do STF anulou nesta segunda-feira (8), todas as condenações de Lula feitas pela justiça do Paraná, mas não é definitivo, a Procuradoria Geral da República pode entrar com recurso e reverter a decisão. É preciso que a CUT rompa com a sua quarentena e organize a classe trabalhadora pela anulação de todos os processos de Lula e por um plano de emergência da classe trabalhadora contra a crise sanitária!

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Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

Para manipular as eleições de 2018 e garantir a vitória de Bolsonaro, o poder judiciário, com STF à frente, foi pilar do golpe de 2016 e de diversas reformas e privatizações desde então. Essas movimentações vem servindo para constituir um regime político mais autoritário e mais de acordo com os interesses dos grandes capitalistas, enquanto a maioria da população sofre com os efeitos da pandemia e da crise econômica. A restituição dos direitos políticos de Lula é um direito democrático básico, mas não garantido por Fachin (que, na verdade, implantou uma manobra nesta segunda-feira para livrar a cara de Moro e preservar a Lava-Jato).

Veja mais: Sobre a decisão de Fachin na questão Lula

Ao mesmo tempo, desde o começo da pandemia, gerida por Bolsonaro e pelo governadores, a crise sanitária e econômica vem sendo descarregada nos trabalhadores mais pobres, enquanto as grandes centrais sindicais se mantém na quarentena e não realizam um efetivos plano nacional de lutas, na defesa de direitos mínimos para os trabalhadores, como auxílio emergencial para todos desempregados, testes massivos e uma massiva produção de vacinas.

Sob a gestão de Bolsonaro, embora houvesse desavenças temporárias entre o mandatário e o Congresso, uma reforma da previdência bem acordada por Senado, Câmara, STF e presidência foi aprovada, retirando direitos e aumentando a exploração dos trabalhadores. Na pandemia, não houve qualquer esforço por uma organização científica da quarentena, com testes massivos, que ainda agora é uma medida bastante necessária.

No plano econômico, neoliberal, milhares de trabalhadores foram demitidos, ou então tiveram contratos suspensos e salários reduzidos com a MP 936, que pode ser editada. O grande suspiro aliviante da popularidade de Bolsonaro foi com a distribuição de um auxílio emergencial, a fim de conter a revolta da massa dada a miserabilidade advindas da crise econômica.

Por outro lado, à esquerda por assim dizer, o PT, que desde 2016 aceitou o golpe institucional e as eleições manipuladas de 2018 sem resistência real, não moveu sequer poeiras para arrancar seus sindicatos, como a central sindical CUT, da paralisia que seguem mantendo desde o começo da pandemia. Nem a CUT, nem a CTB (dirigida pelo PCdoB ), as maiores centrais sindicais, organizaram massivas greves para barrar a tramitação da reforma da previdência. O PT não fortificou a greve de petroleiros, ampliando nacionalmente e revertendo demissões, pelo contrário, serviu para gerir burocraticamente as greves que ocorriam e para encerrá-las com acordos.

A CUT também não esteve presente na luta por testes massivos para a população, lutando por melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde, um auxílio emergencial de R$ 2.000 para os desempregados, ou o redirecionamento industrial de fábricas automotivas para a produção de insumos hospitalares, como respiradores e oxigênio, enquanto possuem bases aliadas com metalúrgicos. Essas reivindicações e ações no plano sanitário salvariam milhares de vidas e impediria colapsos em sistemas de saúde, como os ocorridos em Manaus no começo deste ano e que podem vir a ocorrerem em outros estados.

É urgente que a CUT organize um plano nacional de lutas. Dadas a, por ora, anulação das condenações de Lula, é preciso fortalecer a luta organizada da classe trabalhadora, fortificando e massificando greves contra as demissões da Ford, estabelecendo controle operário das fábricas para a produção de equipamentos hospitalares, como máscaras e gás oxigênio para abastecer os hospitais, estabelecendo uma lei nacional que proíba demissões, exigindo um auxílio emergencial de no mínimo um salário para os desempregados, sem qualquer contrapartida de ajustes fiscais e cortes na saúde e educação.

Sem qualquer confiança no STF, que hoje devolveu os direitos políticos a Lula, que podem ainda sofrer um revés pela AGU, isto é, o judiciário autoritário que foi pilar do golpe institucional de 2016 (processo que aprofundou a pobreza e desemprego, com reformas econômicas e anti operárias), o qual pavimentou o caminho para ascensão da extrema direita, é fundamental que as centrais sindicais saiam da quarentena e se mobilizem por um plano nacional de lutas na defesa dos trabalhadores.

 
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