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COLAPSO EM NATAL
Álvaro Dias flexibiliza restrições frente ao colapso de Natal: negacionismo em defesa do lucro
Redação Esquerda Diário Nordeste

Nesse domingo, 7, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB) emitiu novo decreto estabelecendo as medidas adotadas frente à perigosa situação de colapso do sistema de saúde do RN, que tem a capital como seu epicentro, flexibiliza as poucas medidas de fechamento de atividades comerciais, como bares, restaurantes, shoppings e academias, buscando manter uma normalidade dos lucros capitalistas ao estilo negacionista de Bolsonaro.

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(À esquerda de Bolsonaro o prefeito de Natal Álvaro Dias [PSDB] e à sua direita o ministro e potiguar Rogério Marinho [PSDB])

A capital concentra praticamente metade do número de casos e mortes no RN. Vive uma situação de colapso com mais de 90% dos leitos ocupados, com 82 pessoas na fila, correndo o risco de pacientes morrerem antes de conseguirem um leito. Uma situação trágica que está vivendo os trabalhadores, sobretudo nas periferias, como por exemplo, nas regiões Oeste e Norte de Natal, onde a lotação beira o 100% e a mortalidade é muito maior. São os negros e negras que mais estão pagando com suas vidas por esse descaso.

O principal medida do decreto de Álvaro Dias, é a flexibilização do horário de funcionamento de bares e restaurantes até às 21h, mantem shoppings abertos até das 9h-20h, e academias, igrejas abertas normalmente, com limitações formais de ocupação.

Fora isso, o comércio, as indústrias, call centers, e outras fontes de lucro dos principais capitalistas, não tiveram qualquer alteração no seu funcionamento. Enquanto isso, comércio “porta de rua”, mantido por pequenos comerciantes, só poderão ficar abertos até às 18h.

Como se não bastasse, o prefeito aproveitou a situação da pandemia para suspender das 6-8h e das 17-19h a meia passagem estudantil e gratuidade dos idosos, justamente no horário de pico. Alega ser uma medida no controle da lotação absurda que vive o transporte público da cidade, sem nenhuma medida de ampliação da frota, que segue com 70% de funcionamento, no máximo o remanejamento de linhas para que circulem mais no horário de pico.

Por fim, no decreto a única medida que o prefeito anuncia é o uso profilático de ivermectina. Independentemente dos estudos sobre a eficácia do medicamento, a medida não vem acompanhada de medidas básicas de rastreio do vírus e isolamento científico, como testagem massiva e utilização de salas de hotéis, clubes e prédios ociosos para de fato controlar a transmissão. Nenhuma medida de liberação remunerada dos serviços não essenciais foi proposta. Portanto, nenhuma medida séria para defender a vida e o sustento da população. Mostra o total descaso de Álvaro Dias e que o único intuito do prefeito é defender os lucros dos empresários

Frente ao negacionismo de Bolsonaro, responsável pelas quase 2000 mortes por dia que colocaram o país no centro da pandemia mundial, e que Álvaro Dias reproduz na cidade, é necessário exigir um plano de emergência para a saúde tomado pelos trabalhadores, se enfrentando também com os governadores do PT.

Isso por que o PT, a exemplo do decreto da governadora Fátima, quer se diferenciar do discurso negacionista de Bolsonaro e Álvaro Dias simplesmente aumentando o policiamento e a repressão contra trabalhadores e jovens, em especial nos bairros mais pobres, como ocorreu em Brasília Teimosa em Natal. Isso que significa o toque de recolher das 20-6h e integral aos domingos, que não é uma medida sanitária que possa ser levado a sério, pois mantem toda a economia capitalista funcionando, e não garante as mesmas medidas básicas que os negacionistas rejeitam.

Um plano emergencial de testagem massivo, isolamento científico, ampliação de leitos de UTI e contratação de trabalhadores da saúde, quebra das patentes contra o lucro das indústrias farmacêuticas, controle genômico das novas cepas. Mas também medidas que garantam condições de vida para os trabalhadores, como o auxílio emergencial de no mínimo um salário mínimo, proibição das demissões e licença remunerada aos grupos de risco e serviços não essenciais que sejam fechados.

Essas e outras medidas que avancem sobre os lucros capitalistas, como reconversão das indústrias para produção de leitos, respiradores, insumos para vacinas e testes, a unificação de leitos públicos e privados, o não pagamento da dívida pública, são todas medidas necessárias para sair dessa situação.

Veja também: Governadores do PT e PSB escolhem repressão e salvar os lucros frente à nova onda de COVID

 
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