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VIOLÊNCIA POLICIAL
Moradores de Belém filmam cenas de violência policial no toque de recolher na periferia
Redação

Em Belém, no Pará, moradores filmaram a Polícia Militar obrigando jovens moradores da periferia a fazer flexões e polichinelos durante o toque de recolher do estado.

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(Foto: Reprodução)

Policiais militares do Batalhão Águia, em Belém, no Pará, obrigaram jovens a fazer flexões e polichinelos durante o toque de recolher, na periferia da cidade, em mais um caso de abuso de autoridade policial. O fato ocorreu na noite de sexta (5) e foi filmado por moradores.

O Pará é o terceiro estado que mais teve aumento nas mortes por covid-19 nessa fase que é a mais aguda na pandemia no Brasil. O governo do estado, fazendo demagogia tal como outros governadores, estipulou um toque de recolher entre 22h e 5h, que restringe a circulação de pessoas, sujeito à multa.

Medidas como essas dos toques de recolher e o que tem sido chamado de “lockdown” noturno são um verdadeiro prato cheio para os governos garantirem a repressão à juventude. Dão a oportunidade que faltava para que a Polícia Militar intensifique ainda mais a violência nas periferias e bairros pobres, principalmente contra jovens, em sua maioria negros.

A função prática da polícia é a de defender os interesses da classe dominante, inclusive em meio a uma enorme crise, não só sanitária, mas econômica, política e social. Sob a desculpa de estar cumprindo medidas de segurança sanitária, aprofundam seu papel de agentes de repressão do estado, perseguindo a população pobre, negra e trabalhadora e protagonizando cenas de violência como esta no Pará.

Esse toque de recolher é o tipo de ação que é parte da falácia dos governos de vários estados, que dizem criar medidas restritivas para conter o avanço da pandemia e evitar o colapso de saúde, mas na realidade apenas garantem mais repressão à juventude, com casos de violência policial como este em Belém. Enquanto isso, a população segue trabalhando e se expondo ao risco, sem direito a um auxílio que possa de fato garantir o isolamento e sem perspectiva de vacinação ampla.

 
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