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LUTA PELA MORADIA
Luta por moradia é ameaçada pela polícia no Jd. Humaitá na ZO em São Paulo
Redação

No último Sábado (27) de fevereiro, no Jardim Humaitá, ocorreu uma ocupação de prédios, que estavam desocupados há anos. A população ocupante em sua grande maioria afirma que não conseguem mais pagar aluguel, fora as pessoas que já foram despejadas, fruto de suas rendas baixas ou falta empregos. E agora enfrentam a repressão da polícia na ocupação.

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Na Zona Oeste de São Paulo, mais uma ocupação ocorre, como reflexo da crise econômica aprofundada na pandemia. Agora no Jardim Humaitá, já faz três dias que moradores da região, começaram a invadir prédios que estavam desocupados, sem moradores há anos. Em um dos prédios, como reivindicação, estava a faixa escrito “Moradia Digna”.

Os relatos contados, é que pagar aluguel, água, luz e ainda mercado, se torna uma tarefa quase impossível, tendo em vista a atual situação, com corte feito por Bolsonaro do auxílio-emergencial, conjuntamente com os salários mais baixos, e o desemprego. Os mesmo motivos que levaram moradores da São Remo, ocupar terreno baldio da Universidade de São Paulo (USP), que acumulava lixo e risco para a população.

Veja também: https://www.esquerdadiario.com.br/Ocupacao-na-favela-Sao-Remo-todo-apoio-a-luta-por-direito-a-moradia

A GCM, estava ontem reprimindo os ocupantes do jardim Humaitá, impedindo a entra de pessoas e pertences. Enquanto as pessoas precisam sair para ir trabalhar e na volta para o apartamento são reprimidas, deixando as pessoas que estão dentro dos prédios em um tipo cárcere privado. Nesta manhã a polícia deixou o local, mas pode ser que voltem a qualquer momento e com mais repressão

A polícia, braço repressor do estado, tentando desarticular uma luta por direito a moradia, impede escancaradamente o direito a alimentação. Excepcionalmente, hoje, foi permitido a entrada exclusivamente de comidas, mas com revistas completas, revirando marmitas atrás de qualquer objeto que não fosse alimentício, como se as pessoas estivessem em uma prisão.

Os prédios que estão sendo ocupados pertencem ao CDHU, e segundo informações os apartamentos já foram distribuídos no papel para algumas pessoas, porém estas já esperam mais de 12 anos a liberação para poderem ir morar nos respectivos apartamentos.

Porém, por estarem há anos desocupados, trabalhadores sem perspectiva de moradia, se alojaram nos prédios. Agora, magicamente o CDHU liberou que as pessoas que estavam na listas de proprietários dos apartamentos pudessem morar, jogando assim a população contra si mesma.

Com um problema claro, de não ter moradia de qualidade garantida para todos, o governo Covas e Dória, não se responsabilizam em garantir moradia para a população, ao contrário sustenta a precarização da vida da classe trabalhadora. E na tentativa de desmobilizar uma luta por moradia da população, quer responsabilizar os ocupantes por um problema estrutural do capitalismo.

Não podemos cair nesse jogo cínico, que quer esconder o verdadeiro culpado da barbárie que vivemos atualmente, o capitalismo. Os trabalhadores que precisam de moradia, devem se unir, e com o conjunto com sua classe lutar por um direito básico. Não podemos normalizar, que tenham pessoas escolhendo passar fome para pagar aluguel, enquanto os empresários, governadores, e juízes ganham mares de dinheiros.

 
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