www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
Campinas atinge 108 mil desempregados: é urgente um plano de obras públicas e proibição de demissões
Redação

Segundo dados levantados pela Associação Comercial e Industrial de Campinas, a cidade teve um crescimento de 31,85% do desemprego em 2020 com relação ao acumulado de 2019, ao todo, hoje, são mais de 108 mil desempregados. A prefeitura de Saadi (Republicanos) segue gerindo a crise econômica e social, e os trabalhadores mais pobres são os que estão pagando os custos.

Ver online

A pesquisa da Ipic foi feita dee acordo com o cruzamento de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) da Secretaria de Trabalho, levantamentos referentes à População Economicamente Ativa (PEA) e à Mão de Obra Ocupada de cada cidade.

Outro registro grave é o referente a Região Metropolitana de Campinas, que alcançou a marca de 285.184 mil trabalhadores desempregados em 2020, um número superior em 29,33% se comparado ao ano de 2019, este último, por sua vez, fechou com 220.505.

Com base a esse mesmo levantamento da Acic, em Campinas foram fechados 918 postos em dezembro de 2020, a isso corresponde o saldo de 12,6 mil contratações e 13,5 mil demissões. A pesquisa também revela o fechamento de 3,1 mil vagas, em comparação com as 28,9 mil admissões e 32 mil demissões, do último mês do ano. Sob outro ângulo, o desemprego na RMC de Campinas ficou em 13,59% da PEA, enquanto que na cidade em si atingiu 14,42%.

Vale ressaltar que esse levantamento levou em consideração também o índice de trabalhadores informais na cidade, uma vez que o Caged faz a pesquisa somente com aqueles que não tem carteira assinada. Isto é, este cenário aponta para um desemprego alto inclusive na informalidade. O IBGE divulgou na última sexta-feira, dia 26, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Os valores mais expressivos indicam que a taxa de informalidade foi 41% em 2019 e de 38,7% em 2020, o equivalente a 33,3 milhões de pessoas sem carteira assinada no Brasil. O número de trabalhadores por conta própria foi de 22,7 milhões. Por últimos, a categoria de desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho, fechou em 5,5 milhões, totalizando alta de 16,1% em relação a 2019.

Campinas reflete um panorama-comum das pioras em qualidades de vida que vêm acumulando após o golpe institucional de 2016, do qual vieram a reforma trabalhista (com Temer) e a da previdência (com Bolsonaro), para explorar ainda mais a força de trabalho e a precarização dos postos, junto com a terceirização e a privatização que corta direitos e demite irrestritamente.

Sob a gestão de Dário Saadi (Republicanos), herdeiro da gestão de Jonas Donizette (PSB), os trabalhadores pagam pela crise econômica e atual catástrofe da saúde pública. Sem testes massivos, para controle científico da quarentena, contratação emergencial de pessoal da saúde e manutenção de empregos, com licença remunerada aos profissionais afastados, Saadi tenta gerir a crise da antiga gestão, beneficiando interesses patronais, como à volta as aulas presenciais, que interessam às escolas privadas e abertura desregulada do comércio, atendendo ao setor empresarial.

Enquanto o desemprego atinge níveis absurdos, a saúde pública de Campinas segue com leitos lotados e com um montante de mais mil mortes por Covid-19. Sofrendo do desemprego ou da precarização do trabalho, os trabalhadores são os únicos a dar uma resposta a este cenário de penúria social que se agravou com as últimas enchentes na cidade.

É urgente a recontratação de pessoal da saúde, testes massivos e vacina imediata para todos, inclusive na reivindicação pela quebra de patentes, com controle do SUS pelos trabalhadores e proibição completa de demissões.

Por outro lado, é fundamental um plano de obras públicas para produção de empregos e planejamento social, na construção de moradias populares, por exemplo, associado a um auxílio emergencial de um salário mínimo para os desempregados, contra qualquer contrapartida de ajuste econômico que corte recursos da saúde ou educação. Sem nenhuma confiança em demagogias "responsáveis" como de Dória, e contra todo negacionismo bolsonarista, somente uma saída da classe trabalhadora é capaz de dar uma resposta à altura da crise capitalista.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui