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POR UMA SAÍDA DOS TRABALHADORES
Bolsonaro e governadores levam 17 capitais ao colapso no pior momento da pandemia
Diego Nunes

Brasil registra 1582 óbitos por covid-19 em 24 horas e 15 dos 27 estados incluindo o Distrito Federal registram mais de 90% de ocupação de leitos. Com mais de 80% de ocupação totalizam 17 capitais de acordo com a Fiocruz.

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Foto: Pedro Gerreiro / Ag Pará

É o pior cenário desde o início da pandemia, Bolsonaro, Mourão e os militares bem como o STF e os governadores são os responsáveis.

As 13 capitais que registram maior lotação são Porto Velho (RO) com 100%, Florianópolis (SC) com 96,2%, Manaus (AM) com 94,6%, Fortaleza (CE) com 94,4%, Goiania (GO) também com 94,4%, Terezina (PI) com 93%, Curitiba (PR) com 90%, Natal (RN) com 89%, Rio Branco (AC) 88,7%, São Luiz (MA) com 88,1%, Campo Grande (MS) com 85,5%, Rio de Janeiro (RJ) com 85%, Porto Alegre com 84%.

O capitalismo é capaz de levar um robô até Marte com precisão, como ocorreu na semana passada, mas não é capaz de combater uma pandemia? É isso mesmo, não faltam recursos materiais nem humanos, é totalmente viável a produção de testes para identificar todos os infectados, rastrear com quem a pessoa infectada teve contado, criar centros de quarentena adequados, usando pousadas e hotéis vazios se preciso, garantir alimentação saudável para aumentar a imunidade, converter a indústria para a produção de respiradores e tudo o mais que for necessário para a área da saúde. Porém, mesmo com a faca e o queijo na mão, no capitalismo isso nunca vai ocorrer, o máximo que o capitalismo nos oferece é o repressivo lockdown. Esse é um modelo econômico que coloca a indústria e a tecnologia toda em função do lucro e não da humanidade.

Desde o início da pandemia nós do MRT junto com a rede internacional de diários La Izquierda Diário viemos denunciando a política conscientemente assassina não só dos negacionistas como Bolsonaro, mas também de governadores como João Doria (PSDB-SP) e Eduardo Leite (PSDB-RS) que tentam pagar de responsáveis mas dão o tapa e escondem a mão. Denunciamos também as medidas do judiciário golpista e todas as alas da burguesia que descarregam a crise nas nossas costas com o desemprego e a cada vez maior precarização do trabalho.

Enquanto isso, grandes partidos de esquerda como PT e PCdoB, que dirigem quase todos os sindicatos do país por meio de grandes centrais sindicais como a CUT e a CTB não apostam na força da mobilização dos trabalhadores para salvar vidas. Escolhem vender ilusões eleitorais ou de medidas institucionais como o impeachment que colocaria o general Mourão no poder e não solucionaria em nada os problemas da classe trabalhadora. Esses partidos e toda a esquerda institucional ao invés de organizar uma saída dos trabalhadores aposta em manobras parlamentares e jurídicas pensando nas eleições de 2022.

É preciso organizar assembleias por local de trabalho e votar pela estatização de todo o sistema de saúde centralizado no SUS e controlado pelos próprios trabalhadores da saúde, lutar pela estatização de grandes metalúrgicas como a Ford sob controle operário para converter a indústria para a produção de respiradores, ampliação de leitos e equipamentos hospitalares. Uma grande luta nacional em defesa da vida é uma saída dos próprios trabalhadores para o combate da pandemia, uma grande unidade dos trabalhadores pode impor por meio da luta a quebra das patentes dos grandes laboratórios sobre as vacinas, mas também quebra do sigilo bancário de grandes sonegadores, o confisco de seus bens, o fim das isenções fiscais bilionárias, o fim do pagamento da fraudulenta dívida pública e que todo político ganhe o mesmo salário que uma professora ou o mínimo estabelecido pelo DIEESE, fazendo assim com que sejam os capitalistas que paguem pela crise que criaram e não a nossa classe morrendo aos milhares todo dia.

Bolsonaro e os militares de um lado, mas os governadores, o Congresso Nacional e o STF de outro tem sangue em suas mãos. Mantém uma aparente oposição mas se unificam para defender os interesses do capital atacando os direitos dos trabalhadores que são os que mais morrem de covid-19.

 
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