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RACISMO
Racismo judicial: maioria das prisões por reconhecimento fotográfico injusto são de negros
Redação

Reportagem mostra a relação profunda do racismo e do encarceramento no Brasil. No registro das páginas das delegacias, a foto de uma pessoa negra é suficiente para ser considerada culpada.

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Imagina você ter que tirar fotos, gravar vídeos e produzir vários registros do lugar e do horário em que você estava, todos os dias de sua vida, com medo de ser preso, a qualquer momento, injustamente, somente porque foi "reconhecido" por uma vítima em um catálogo de suspeitos de uma delegacia?

Depoimentos como esse mostra o cenário de racismo estrutural na sociedade que torna a cor da pele um sinônimo de criminoso.

Leia também: Dados ISP: Mortes pela polícia genocida sobem 88% em um mês no Rio de Janeiro

Uma reportagem da TV Globo veiculou um levantamento realizado pelo Condege e pela Denfesoria Pública do RJ, que mostra que os negros são, na ampla maioria das vezes, as vítimas dos "erros" do reconhecimento fotográfico.

Entre 2012 e 2020, 90 pessoas já passaram por essa situação aberrante, 73 delas só no Rio de Janeiro. Segundo a pesquisa, 83% dessas pessoas possui um perfil em comum: jovem, pobre e negro.

Isso nos números oficiais em que foi reconhecido o erro pela mesma justiça racista que condenou. Nas prisões brasileiras, são dezenas de milhares de pessoas presas que cometeram o crime de serem negras, como foi o caso de Natan meses atrás.

O perfil das pessoas presentes nesses registros fotográficos da polícia também não é diferente. Uma massa de negros, jovens da periferia, muitas vezes indo parar lá também por prisões injustas, forjadas, etc. É mais um número que concretiza toda a cadeia racista garantida pelo Estado através da polícia, do judiciário e do sistema carcerário.

Um verdadeiro retrato falado do racismo estrutural brasileiro, herança podre da escravidão que provoca também casos absurdos como de Marielle e Anderson. Nesse mês de março, o "mês da mulher", em que fará 3 anos de suas mortes, precisamos exigir uma resposta à pergunta: quem mandou matar Marielle? Precisamos nos levantar contra esse regime que mata, encarcera e precariza cada vez mais a vida dos negros e negras desse país, nos inspirando no grande levante da juventude negra dos EUA que marcou com o brado de que Vidas Negras Importam!

 
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