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RETORNO INSEGURO
Confirmações de Covid-19 seguem aumentando nas escolas de Campinas
Redação

Após mais de 4 semanas do retorno às aulas presenciais nas escolas particulares e 3 semanas nas escolas estaduais, seguem crescendo os números de contaminados por covid-19 nas escolas de Campinas. Mesmo colocando em risco a comunidade escolar, escolas particulares e estaduais têm mantido suas atividades presenciais.

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Foto: Reprodução/EPTV

Há alguns dias, nós do Esquerda Diário viemos relatando a trágica volta as aulas presenciais em Campinas, aqui e aqui. Desde de então seguem subindo os números de Covid-19 entre alunos e profissionais nas escolas.

Campinas passou por algumas situações alarmantes: o surto de coronavírus na escola particulares Jaime Kratz - o números atualizados de contaminados é 39 professores e 8 alunos confirmados com Covid-19 – e os casos da E.E. Miguel Vicente Cury e E.E. Antônio Carlos Pacheco e Silva, onde uma turma inteira de cada escola tiveram as aulas presenciais suspensas por estarem em contato com professores que testaram positivo.

Mesmo com os casos acima e também a certeza de contaminados em 7 escolas particulares e 7 estaduais, a Secretaria de Educação reafirmou que as aulas presenciais continuariam passando por cima do vontade e da segurança da comunidade escolar, fazendo explodir novos casos.

Só nos últimos dias são: E. E. Miguel Vicente Cury – 2 confirmados; E. E. Antônio Carlos Pacheco e Silva – 1 professora confirmada, turma inteira dispensada e E.E Eliseu Narciso – funcionário administrativo confirmado, teve contato com diversos professores; etc. Já nas Particulares temos: Colégio Liceu Salesiano – 1 funcionário da manutenção; Colégio Poliedro – 2 professores e 1 aluno; Colégio Recanto Azul – 1 aluno; Colégio Padre Júlio Chevalier – 1 professor. Dessas particulares, apenas a última não suspendeu as aulas presenciais ao dizer o absurdo de que o professor não teve contato com ninguém da escola.

Por conta da crescente aparições de suspeitos e Covid-19 positivos nas escolas, a DEVISA (departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas diz estar monitorando 30 escolas - 23 da rede particular e 7 da rede estadual. Esse número ainda está abaixo da realidade, já que há muitas denúncias de omissão de dados e tentativa de escamotear casos de contaminados por parte do governo estadual e das diretorias escolares. Mesmo assim, desde o começo do mês o que vimos foi mais de 50 pessoas, entre alunos e profissionais, foram confirmados como positivo, dentre eles 2 professores estão internados por complicações clínicas, frutos da exposição exigida pelos patrões das escolares particulares e da política impositiva de Dória, Rossieli em meio a um número alarmante de contaminados fruto do negacionismo de Bolsonaro.

Esses vêm atacado a saúde e a educação desde o começo da pandemia. A demagogia oposição de Dória à Bolsonaro, se vendendo como o patrono das vacinas (que foram feitas apesar de Dória, pois o mesmo veio fazendo ataques a pesquisa e ao ensino superior em geral, basta lembrarmos da PL 529) e combatente contra o negacionismo – visando a presidencia de 2022 – se mostram falsas pois a política de retorno as aulas presenciais no Estado são completamente inseguras e ignoram a realidade de forte contaminação que há nas escolas.

Esses novos casos se dão num momento em que as médias móveis de contaminados estão aumentando no interior de São Paulo. Campinas bate os 66mil contaminados e 1.774 mortos, sobe para 81,25% a ocupação de leitos de UTI essa semana e ainda a prefeitura declarou na última sexta-feira que os recursos financeiros para combater a pandemia acabarão logo. Como novas verbas não têm quantias ou datas definidas, a prefeitura de Dário já se coloca à disposição de realizar cortes orçamentários em outros setores que ainda não foram determinados. Informações expostas em nota pela Administração.

Mesmo com a situação trágica, a prefeitura confirma o retorno das aulas presenciais nas escolas municipais para dia 1º de Março, se ligando à imposição insegura da volta às aulas nas escolas particulares e estaduais, mostrando como a nova gestão de Dário Saadi (Republicanos) não se interessa pela vidas da população de Campinas, mas sim em retomar a “normalidade”, de maneira autoritária, para garantir os lucros.

Não só para Bolsonaro, mas também para o governo Estadual, a vida dos alunos, professores e todos trabalhadores da Educação não importam. Em conjunto, Bolsonaro, o Congresso, o juízes, militares, os governadores e as prefeituras tem impedido a possibilidade de retornos seguros a comunidade escolar ao não garantiram até o momento testes e vacinação massiva, ao demitirem e precarizarem as trabalhadoras terceirizadas da limpeza, ao e deixarem sem salários 35 mil professores categoria O. Não se pode relevar também que ataques aos trabalhadores debilitam suas condições de vida e de trabalho, acarretando em situação de fragilidade imunológica, potencializando a contaminação e agravamentos clínicos.

Campinas, assim como muitas cidades pelo país, se mantém insegura para o retorno presencial das aulas que os governos querem impor. A comunidade escolar, junto aos professores e trabalhadores da saúde, são os que deveriam decidir sobre como e quando realizar o retorno da maneira mais segura possível, criando comitês de segurança sanitária em cada local de trabalho que diferente do governo, garanta protocolos adequados de segurança.

 
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