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AGRONEGÓCIO
Ruralistas querem censurar livros didáticos
Redação

Numa absurda tentativa de esconder os profundos impactos sociais e ambientais do desmatamento e das queimadas causadas pela fúria do agronegócio - setor que controla grande parte das riquezas do país e que é representado pelos setores mais reacionários pela bancada do boi - entidades ruralistas querem censurar livros didáticos que abordem essas questões.

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Foto: Daniel Beltra/Greenpeace

Como parte de uma continuidade dos objetivos do projeto “Escola sem partido” levado a frente por setores da direita e extrema direita, que prevê a autoritária perseguição e censura de professores nas escolas, associações, sindicatos e parlamentares que atuam segundo o interesse do agronegócio, querem levar a frente um processo de cerceamento de livros didáticos, na intenção de extinguir qualquer tipo de visão sobre a realidade dos impactos prejudiciais ao meio ambiente por parte da atuação dos grandes proprietários de terra.

A ideia levada a frente por tais setores, tem como objetivo fazer com que familiares dos alunos nas escolas, ao se depararem com algum conteúdo que julgarem negativo em relação ao agronegócio, denunciem o respectivo livro, autor e editora para entidades que irão se responsabilizar pela censura de determinados textos.

Tal medida absurda vem no sentido de esconder do conjunto da população as devastadoras consequências tanto ambientais quanto sociais que os interesses levados a frente por tais setores vem causando há anos no país e no mundo. A começar pelos impactos no meio-ambiente, não precisando ir tão longe para lembrar das tragédias que nos últimos anos assolaram o país, como a quebra da barragem em Brumadinho, que deixou centenas de mortos e danos irreversíveis do ponto de vista da natureza do local e também aos moradores da região. Isso sem falar das queimadas na Amazônia e Pantanal nos último ano, fruto diretamente da política levada a frente pelo governo Bolsonaro.

Para além disso, esconder a verdadeira face do avanço predatório do agronegócio no Brasil, também está a serviço de esconder a luta dos pequenos produtores, camponeses trabalhadores e povos indígenas que sofrem diariamente as consequências de tais práticas devastadoras desse setor que tem os lucros na frente de tudo, pois durante a pandemia o setor cresceu ainda mais com as exportações, elevando o preço dos alimentos internamente no país enquanto a população sofre com desemprego, inflação e a beira da extrema pobreza.

Representantes do aberrante movimento já tiveram a oportunidade de se reunir com o ministro da educação, Milton Ribeiro, para levar a frente suas demandas, demonstrando a enorme disposição do governo federal em atender tais reivindicações, mostrando a serviço de quais interesses está.

 
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