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Cesta básica de Porto Alegre já é uma das mais caras do Brasil, custando R$ 626,25
Redação

A constante alta nos produtos, principalmente nos produtos básicos, fez com que Porto Alegre alcançasse a marca de 4ª mais cara do país.

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O preço dos alimentos no mercado está em uma vertiginosa alta nos últimos meses na capital gaúcha, figurando como uma das localidades mais caras do país quando se trata de alimentos básicos. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no mês de janeiro, o preço dos alimentos básicos em Porto Alegre foi estimado em R$ 626,25, mais da metade (61,55%) do salário mínimo, reajustado em R$1.100. Com apenas R$ 27,9 de diferença, São Paulo é a localidade com a alimentação mais cara do país. Segundo estimativa do Dieese, o salário mínimo necessário seria de R $5.495,52, quase cinco vezes o valor do salário mínimo nominal, hoje. Os alimentos que mais tiveram alta na capital foram a batata (9,28%), a banana (6,72%), o arroz (6,51%), o açúcar (6,50%), a farinha de trigo (6,24%), o café (1,96%), o feijão (1,30%), pão (1,57%), a carne (0,40%) e o tomate (0,17%), todos eles elementos essenciais e altamente consumidos.

A crise sanitária do novo coronavírus foi um fator de impacto para a produção e preço dos alimentos, assim como de todos os produtos de variados tipos, interferindo na economia. Mas não o único fator da alta, podemos somar também a ganância da burguesia rural, que com a queda da economia num cenário de crise econômica profunda, aproveitou a alta do dólar para exportar os alimentos produzidos no país, deixando o país com menos abastecimento, consequentemente gerando maior preço por escassez e lucrando ainda mais em cima da miséria do povo.

Enquanto isso, no meio da crise generalizada, o povo que sofre, ora com a exposição ao vírus da covid-19 por não poder parar de trabalhar e resguardar suas vidas, ora por ter se resguardado por questões de risco e muitas vezes ter perdido sua fonte de renda, não possuem nem mesmo direito ao auxílio emergencial, que foi cortado no início de 2021 e que já era insuficiente para amparar milhares de famílias no país. O governo Bolsonaro, no entanto, surge nas últimas semanas com uma escandalosa receita de gastos bilionários do gabinete da presidência, com declarações de gastos milionários em produtos como leite condensado e chicletes, que supostamente foram destinados aos setores militares. Em tempos onde a carne é um item cada vez mais inacessível aos trabalhadores, Bolsonaro financiou verdadeiras churrascadas aos comandos do exército, com 714 mil quilos de picanha, 80 mil unidades de cervejas e 1,3 milhão de quilos de carvão.

A política de miséria da população é um escárnio com a vida dos trabalhadores, que enxergam suas condições de subsistência se esvaindo para que o agronegócio possa lucrar, enquanto para os setores protegidos do governo não faltam mordomias e exageros financiados com o dinheiro público, que deveria estar à serviço das necessidades do povo.

 
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