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ESTADOS UNIDOS
Trump foi absolvido pelo senado em seu segundo impeachment
Nicolás Daneri
Engenheiro Industrial | Docente UTN.BA | Pesquisador Conicet

Na terça-feira passada (09/02), começou o segundo julgamento político do ex-presidente Donald Trump. Neste sábado, Trump foi absolvido ao não se atingirem os dois terços dos votos necessários para condená-lo.

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Foto: AFP

Donald Trump deixou oficialmente a presidência dos EUA no dia 20 de Janeiro. Alguns dias antes, no dia 6, um grupo não muito numeroso de manifestantes brancos, supremacistas de extrema-direita, tomaram o capitólio. Por isso a Câmara de Representantes começou um novo julgamento político acusando Trump de “incitação a insurreição”.

O senado, que é a câmara que julga, está dividida com 50 cadeiras para cada partido com a vice-presidenta Kamala Harris, democrata, com o voto de desempate. Desde o início, a absolvição parecia resultado certo, visto que necessitavam de dois terços dos votos para uma condenação.Embora alguns senadores republicanos tenham dito que votariam a favor de condená-lo e muitos outros tenham mostrado indecisão, era quase impossível que 16 dos 50 senadores desertassem.

Depois de muitas horas de discussão, acusações cruzadas e, sobretudo, muito show e operações midiáticas, finalmente se votou e 7 senadores republicanos votaram para condená-lo, a maior margem de condenação nos 4 julgamentos que ocorreram no país.
O tema, longe de estar na preocupação da grande maioria, foi mais um ponto protocolar. No entanto, a mídia hegemônica o priorizou, ofuscando questões mais importantes como o coronavírus ou a profunda crise econômica.

Como dissemos em outro artigo, “Assim, todos terão a chance de aproveitar. Os democratas permanecerão os defensores das sagradas instituições da República. A ala esquerda do partido, que não tem representação na Câmara Alta, se disfarçará de inimiga mortal da direita. Os republicanos moderados (ou seja, os menos direitistas) tentarão se destacar da figura do ex-presidente, mas não de seus votos.”

Obviamente, no cálculo político, ainda é do interesse dos republicanos defender, ainda que de maneira tímida, Trump, que é a figura do partido que conta com o apoio de seu eleitorado. O partido fica assim numa encruzilhada, segue o magnata e sua política racista, misógina e xenófoba, entre outras atrocidades, para manter a popularidade ou aderir a uma agenda mais fiel aos seus "princípios" de mercado livre e responsabilidade fiscal e se afundar eleitoralmente.
Seja como for, parece que haverá Trump por mais um tempo na política americana.

 
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