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Mobilização faz Covas recuar em reabertura de 530 escolas onde profissionais da limpeza foram demitidas
Redação

Após mobilização, professores impedem a reabertura de mais de 530 escolas que não contavam com serviço de limpeza em função das demissões de trabalhadoras terceirizadas, exibindo o sucateamento das escolas e a irracionalidade do retorno às atividades, impulsionado pelas gestões psdbistas.

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A reabertura que estava prevista para este dia 15 foi adiada para cerca de 580 unidades escolares, após as denúncias feitas por professores sobre as condições das escolas. Dessas unidades, 530 não devem retomar as atividades por conta da política de demissão de trabalhadores terceirizados, aplicada ao longo da pandemia pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). As demais escolas não devem abrir por conta de processos de reforma.

A denúncia e a mobilização organizadas pelos professores exibem as contradições dos discursos proferidos por Doria, Covas e Rossieli que buscam passar uma inexistente segurança para o retorno irracional das atividades escolares. Desde o início da pandemia no Brasil, os tucanos se coloca como alternativa ao negacionismo bolsonarista como se fossem “pró-vidas”. Hoje, continuam a sua demagogia em função das disputas em torno da vacina.

Leia mais: No SPTV, a Profa. Grazi Rodrigues, do Nossa Classe Educação, denuncia falta de limpeza nas escolas

Contudo, a ausência de profissionais da limpeza mostra como esse retorno aproxima Doria e Bolsonaro, ao passo que se dará de forma autoritária e insegura por não considerar a posição e as necessidades da população, também tem como objetivo atender somente os anseios de setores empresariais educacionais e outros que se beneficiam com a manutenção da exploração dos trabalhadores que passam a ter um local para deixarem seus filhos.

A falta de profissionais da limpeza mostra a política de sucateamento que sempre fez parte da rotinas da escolas públicas geridas pelo PSDB há décadas em SP, que carecem desde antes da pandemia de condições materiais para seu funcionamento, ao mesmo tempo que fomenta a divisão entre a classe trabalhadora a partir do aprofundamento da opressão e exploração pela terceirização.

A situação dessas centenas de escolas sem profissionais da limpeza escancara o cinismo mentiroso de Rossieli. Entrevistado no Roda Viva, o secretário da Educação reafirmou, diversas vezes, mentiras e mais mentiras sobre as escolas terem condições para a reabertura.

Confira: Professores de São Paulo desmentem secretário de educação no roda viva

Não há condições técnicas e nem sanitárias para a volta às aulas, como denunciamos diversas vezes aqui no Esquerda Diário em defesa da greve dos professores. Este descaso com a educação de Rossieli, Doria e Covas é também demonstrado como tratam os professores da categoria O. Cerca de 35 mil, desde o início da pandemia, ficaram sem seus salários e sustento, da mesma maneira que merendeiras e terceirizadas foram jogadas no olho da rua.

Veja a declaração do Movimento Nossa Classe - Educação. Urgente: Com demissões, escolas em SP ficam sem limpeza a 4 dias da reabertura

A mobilização dos professores fez com que Covas recuasse na sua reabertura que ignora a saúde dos alunos e suas famílias. Os governos do PSDB possuem a marca registrada por ataques contra professores, como foi a reforma da previdência da categoria. Para o objetivo de sucatear a educação pública e favorecer os empresários da rede privada, também usam da precarização e divisão, como a categoria O e a terceirização.

As escolas não existem sem os trabalhadores da limpeza, as merendeiras e manutenção, portanto todos esses deveriam ser valorizados e efetivados. As demissões em massa de profissionais da limpeza foi garantida pela terceirização, regime de trabalho que sucateia as condições de trabalho, mas também de estudo dos próprios alunos.

Hoje, mais do que nunca, é gritante a importância dessas trabalhadoras da limpeza, sem as quais mais de 530 vão continuar fechadas por não haver condição sanitária. A recontratação das demitidas e o aumento do quadro de funcionários para garantir a limpeza, contratadas como efetivas, precisa ser acompanhado de testes massivos e a vacinação, para que a vida dos professores, alunos, pais e toda comunidade escolar seja protegida.

 
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