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ABSURDO
Filhas de empresário denunciadas por furarem fila da vacina em Manaus recebem 2ª dose
Redação

Vacinadas com a CoronaVac no primeiro dia enquanto a população morria asfixiada em Manaus, as gêmeas milionárias Gabrielle e Isabelle Lins, filhas do dono da Universidade Nilton Lins, receberam agora a segunda dose.

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Foto: reprodução

Receberam a segunda dose da CoronaVac as gêmeas ricas denunciadas por terem furado a fila da vacinação em Manaus, em pleno colapso hospitalar. Gabrielle Kirk Lins e Isabelle Kirk Lins - filhas do empresário Nilton da Costa Lins Júnior, dono da gigante do ensino privado, Universidade Nilton Lins - foram denunciadas por trabalhadores da saúde depois de postarem nas redes sociais fotos do momento da aplicação da 1ª dose.

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Além de donos de uma universidade particular, os Lins também têm membros com carreira política. A nomeação de Gabrielle como gerente de projetos da Secretaria Municipal de Saúde (com um salário de 15 mil reais) ocorreu em 18 de janeiro, um dia antes do início da vacinação e já entrando com o nome na fila para o primeiro dia. Já Isabelle foi nomeada e recebeu a dose em 19 de janeiro, quando começou a vacinação destinada prioritariamente a profissionais de saúde que atuam no atendimento de pacientes com covid-19 (o que não era o caso de nenhuma delas). Também recebeu a segunda dose o filho do ex-deputado estadual Wanderley Dallas, o médico recém-formado David Dallas. David também foi nomeado e vacinado no mesmo dia do início da vacinação em Manaus.

A Universidade Nilton Lins é um polo de educação na capital amazonense que lucra com o ensino privado e um hospital. Como se não bastasse, em 2017, o Centro de Ensino Superior Nilton Lins foi condenado a devolver dinheiro a estudantes por realizar cobranças abusivas, realizadas como condição para os estudantes realizarem transferência para outra instituição educacional.

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Em suas redes sociais, uma das irmãs chegou a categorizar como uma questão de inveja a reação diante da foto. Absurda também foi a reação do prefeito da capital, David Almeida (Avante), que buscou silenciar as denúncias após a explosão do escândalo de vacinações irregulares e cadastramentos forjados. Em transmissão ao vivo no Facebook, disse que os profissionais de saúde da cidade não poderão publicar registros da vacinação contra a covid-19 nas redes sociais: "A secretaria está neste momento com uma portaria proibindo a divulgação em rede social dentro das unidades. Você se vacinou, fique para você. Você não precisa compartilhar em rede social. Essa é a determinação, esse é o pedido".

A imunização dos ricos recém-formados, de famílias de elite e nomeados às vésperas do início da vacinação, provocou a indignação da população e dos profissionais de saúde, que estão na linha de frente expostos ao vírus desde o início da pandemia e que ainda não têm acesso integral às vacinas. As gêmeas foram vacinadas antes de médicos e enfermeiras de hospitais estaduais que estão em situação grave, agudizada pela falta de tubos de oxigênio e pela incompetência de Bolsonaro, do governo estadual e do conjunto do regime do golpe.

 
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