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ESCOLA PÚBLICA
Quase 900 escolas de SP não reabrem devido a insegurança sanitária e problemas estruturais
Redação

O retorno às aulas presenciais, promovido por João Doria (PSDB) e pelo secretário da Educação, Rossieli Soares, sem qualquer consulta à comunidade de escolar e aos profissionais de saúde, revela cenário de escolas sem merenda, casos de profissionais da saúde contaminados e problemas com a contratação de trabalhadores da limpeza.

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Das 5.300 escolas estaduais do estado de São Paulo, 16,5% não reabriram no primeiro dia de aula, 874 escolas no total. Segundo a Secretaria de Educação, 800 unidades não abriram por estarem em municípios que não autorizam a volta das atividades. Por irônica coincidência, o mesmo governo que utiliza o discurso da "necessidade" da volta do ensino presencial em benefício dos estudantes não garante a mínima segurança sanitária no próprio estado, quem dirá dentro das salas de aula.

Outras 67 escolas continuam fechadas por problemas estruturais, estes advindos da precarização do ensino público que faz parte da herança tucana de Alckmin (que quis fechar centenas de escolas devido à reforma do ensino médio, barrada pelas ocupações de estudantes secundarista). Sete unidades não abriram porque tiveram casos suspeitos ou confirmados de coronavírus entre funcionários e professores antes do início das aulas.

A secretaria também anunciou que 49 escolas reabririam nesta segunda com número insuficiente de trabalhadores da limpeza, o que impossibilita a limpeza ideal do ambiente. Mais 177 abriram sem sequer oferecer merenda para as crianças, um evidente desprezo com a saúde e condições físicas/mentais dos alunos para uma boa aprendizagem.

Para Rossieli Soares, secretário da Educação de SP que mente a todo momento afirmando que há condições seguras para professores e alunos para retorno às aulas presenciais, "Hoje é um dia muito significativo, é muito importante ver nossas escolas abrindo, recebendo os estudantes". É significativo, por outro lado, e em maior proporção, o desprezo completo do governo do estado que está arriscando a vida de milhares de trabalhadores da comunidade escolar, além de demais trabalhadores terceirizados das escolas e alunos, em cidades que estão com superlotação de leitos, passando há meses pela crise da pandemia, na qual Doria chegou inclusive a racionar merendapara alunos carentes.

Os professores de toda a rede estadual anunciaram greve para o primeiro dia do retorno presencial por meio da Apeoesp, maior sindicato da categoria. O Esquerda Diário se solidariza e está cobrindo a luta destes trabalhadores. É urgente lutar por condições sanitárias e de saúde realmente seguras para reabertura das escolas, combinada a um plano científico de vacinação universal que garanta esse direito a toda população, e não apenas a uma parte mínima dela, como querem Bolsonaro e Doria, que nesse contexto querem expor também toda comunidade escolar a um retorno presencial não seguro. Somente a comunidade escolar junto aos trabalhadores da saúde podem definir os protocolos de retorno às aulas.

 
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