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POLÍTICA
STJ pede apuração criminal contra procuradores da Lava-Jato
Redação

O ministro Humberto Martins, presidente do Supremo Tribunal de Justiça, acionou a Procuradoria Geral da República solicitando apuração criminal e administrativa contra Deltan Dallagnol e Diego Castor de Mattos, que integraram a força-tarefa de Curitiba.

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A medida vem na esteira de recentes vazamentos de trocas de mensagens entre Deltan e Diego, liberados pela emissora CNN Brasil. Isso apenas seis dias depois da dissolução oficial da força tarefa por parte da PGR, uma medida ofensiva no marco do embate entre as instituições que entraram em rota de colisão no ano passa, com críticas abertas de Augusto Aras (que comanda a Procuradoria) aos procedimentos da equipe na operação e dizendo que “o lavajatismo teria de acabar logo”.

O conteúdo da mensagem nos leva a entender a razão do STJ se movimentar tão prontamente: Os dois integrantes da operação falavam em avançar com processos de investigação sobre os patrimônios de ministros dessa instância jurídica. Na conversa revelada pela CNN Brasil, Deltan escreve: "A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial, que tal? Basta estar em EPROC [processo judicial eletrônico] público. Combinamos com a RF", escreveu Deltan para, em seguida, emendar: "Furacão 2". O procurador Diogo Castor de Mattos, que integrava a força-tarefa na ocasião, respondeu Deltan: "Felix Fischer eu duvido. Eh um cara serio (sic)", escreveu.

A situação reverbera ainda mais profundamente, ao fazer parte do pacote de conversas apreendidas na Operação Spoofing, e que fora autorizada a liberação para a equipe de advogados da defesa de Lula (PT) pelo ministro Ricardo Lewandowski do STF.

As movimentações e tramitações jurídicas para embargar a validade da utilização das mensagens em processos segue a todo vapor, e ainda estamos por ver se a PRG e Aras se manifestarão favoráveis a mais esse passo rumo ao “apagamento” da lava-jato. O mesmo pode ser dito em relação a questão do processo de Lula, já que a decisão de Lewandowski está para ser analisada e julgada pelos outros ministros do STF nesse dia 9.

É importante reforçar que, apesar de disputarem entre si, ambos os setores do conflito estiveram já alinhados no momento decisivo de dar continuidade ao projeto iniciado no golpe institucional de 2016, também atuando nas eleições manipuladas de 2018 no país que alçaram Bolsonaro à presidência. Isso quer dizer que não há para quem torcer, ou quem confiar, por parte dos trabalhadores.

É sabida por todos a parcialidade da operação Lava-Jato assim como dos privilégios da casta jurídica de ministros que não são eleitos e interpretam as leis a favor dos interesses da classe dominante.

 
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