Foto: Agência Brasil
A informação divulgada nesta quinta-feira, 4, aponta que o índice de preço dos alimentos, medido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), teve sua oitava alta consecutiva, alcançando média de 113,3 pontos, maior valor desde julho de 2014.
A alta dos preços foi liderada pelos cereais, açúcar e óleos vegetais, disse a agência de alimentos das Nações Unidas.
As preocupações com o abastecimento interno podem ter levado a Argentina e a Rússia, grandes produtores e exportadores de grãos, a aumentar o controle de vendas externas nos últimos meses. Isto, juntamente com a forte demanda chinesa por milho, aumentaram os preços dos cereais, disse a FAO. O aumento dos preços desses alimentos foi de 7,1% (8,3 pontos) em janeiro.
Os preços do óleo vegetal aumentaram 5,8% (7,7 pontos), atingindo a média de 138,8 pontos em janeiro, nível mais alto desde 2012. Os preços do açúcar subiram 8,1% devido à forte demanda, ao aumento do preço do petróleo e à desvalorização do real.
Laticínios e carnes também registraram aumentos nos preços. O Índice de Preços de Carne da FAO subiu 1%, com média de 96,0 pontos em janeiro, em comparação com dezembro de 2020, enquanto o Índice de Preços de Laticínios teve média de 111,0 pontos em janeiro, um aumento de 1,6% ante o mês anterior.
Isso tudo em meio a uma pandemia que, no Brasil, chega ao seu 11° mês, com mais de 9 milhões de casos de covid-19 registrados e 227 mil vidas perdidas devido à doença e ao total descaso com a saúde da população por parte dos governos. Com as altas taxas de desemprego e o fim do auxílio emergencial, são os mais pobres que sentem com mais força o aumento dos preços dos alimentos, que em 2020 totalizou 25%.
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Com informações da Agência Estado
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