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ENEM 2020
Recorde de abstenção: segundo dia do ENEM de Bolsonaro tem 55,3% de ausentes
Redação

O segundo dia do ENEM 2020, realizado presencialmente ontem (24) mesmo em meio ao aumento de casos de COVID pelo país, bateu recorde histórico de abstenção no exame, chegando a 55,3%, porcentagem ainda maior que no primeiro dia.

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Foto: Ricardo Amanajás/Ag.Pará

Neste domingo (24), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou, em base a dados preliminares, que 2,4 milhões de inscritos participaram do segundo dia de aplicação presencial das provas. O total de inscritos no Exame era de 5.523.029.

Ou seja, mais de 3 milhões não compareceram ao segundo dia de provas. Em porcentagem, o total de abstenções chega a 55,3%, um recorde histórico para o ENEM. Este número ultrapassa ainda as abstenções do primeiro dia de provas, que foi de 51,5%.

A alta abstenção no ENEM, que afetou mais da metade dos estudantes inscritos, é de responsabilidade do governo de Bolsonaro e Mourão, que com sua política negacionista mantiveram o ENEM 2020 presencial para janeiro, ignorando o aumento de casos de coronavírus e os pedidos de adiamento do ENEM feito por milhares de estudantes através das redes.

Veja também: Para o Ministro da Educação Milton Ribeiro a realização do ENEM 2020 foi um sucesso

O ENEM, assim como os demais vestibulares, são historicamente filtros sociais e raciais que impedem anualmente milhares de jovens de cursar o ensino superior, garantindo a elitização das universidades. Com a pandemia, essa característica excludente das provas vestibulares se agrava. Além do medo da contaminação, que diga-se de passagem afeta não só os estudantes que se ausentaram como também os que estavam presentes, o ensino a distância aprofundou ainda mais a desigualdade entre as escolas públicas e privadas. O EAD fez com que milhares de estudantes da escola pública, em sua grande maioria os filhos da classe trabalhadora, não tivessem nem mesmo acesso às aulas, o que dirá garantir um estudo de qualidade para realização do ENEM.

O governo de Bolsonaro e Mourão, assim como o Congresso e o STF, junto do Inep, são responsáveis por essa situação e pela aplicação do ENEM 2020, que marca historicamente o aprofundamento da exclusão social no ensino superior. Contra essa desigualdade, é preciso lutar pela real democratização do ensino superior, o que passa por defender o fim do vestibular e a estatização sem indenização das universidades privadas, garantindo que toda pessoa que deseja possa cursar o ensino superior, sem precisar passar por uma prova que irá filtrar quem teve melhor acesso à educação ou então sem precisar se endividar em instituições privadas.

 
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