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DESMATAMENTO
Bolsonaro quer pasta do Meio Ambiente com menor orçamento dos últimos 21 anos
Redação

Conforme divulgado nessa sexta-feira (22), governo apresenta menor orçamento para o Ministério do Meio Ambiente em 21 anos, enquanto os dados de 2020 mostram aumentos históricos em queimadas no Pantanal e na Amazônia.

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Imagem: Divulgação/PrevFogo/MS

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que ainda será analisado pelo congresso, apresenta o menor orçamento para o meio ambiente desde 2000. Além disso, o projeto propõe uma diminuição de 27,4%, em relação a 2020, do orçamento para incêndios florestais e uma diminuição de 32,8% em relação a 2020 da verba destinada à criação, gestão e implementação de Unidades de Consevação (UCs).

Isso é um claro aceno do governo de Bolsonaro ao agronegócio, pois promete um sucateamento de órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) responsáveis por fiscalizar e investigar possíveis crimes ambientais.

Segundo a ex-presidente do IBAMA, Suely Araújo, ter R$74 bilhões para as áreas protegidas pelo ICMBio vai impedir o trabalho de proteção das áreas ambientais. Sendo assim, esse dinheiro do ICMBio é o sinal mais forte de que a decisão de extinguir o ICMBio já está tomada, juntando-o com o IBAMA, que também está sendo subfinanciado.

É um absurdo que após um ano de queimadas no Pantanal, que devastaram boa parte da fauna e da flora locais, destruindo com animais que só existiam naquele local e destruindo com as moradias de pessoas que viviam no entorno do Bioma, o governo queira diminuir ainda mais o orçamento. Além das queimadas no Pantanal, 2020 também deixou a marca do segundo pior ano de desmatamento da Amazônia Legal desde 2015, com um total de devastação de 8,426 km².

O objetivo desse governo é, em pacto com a bancada ruralista, diminuir condições que possam impedir o agronegócio de queimar e acabar com a natureza para expandir suas plantações, pouco importando-se com o impacto que aquilo vai causar no ambiente e na vida das pessoas. Isso é um claro exemplo de que o capitalismo pouco importa-se com a manutenção das mínimas condições de uma vida digna, destruindo milhares de quilômetros de biomas para aumentar os lucros dos latifundiários e dos empresários do agronegócio, selando seu pacto com a bancada da boiada.

 
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