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CORREIO POPULAR
Todo apoio aos trabalhadores do correio popular em greve!
Redação

Jornalistas do Correio Popular em Campinas (SP) entram em greve após mais de 20 meses de atrasos nos salários e sofrem ameaça de demissão.

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Os jornalistas da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), que é responsável pelo jornal Correio Popular em Campinas (SP), entraram em greve na última segunda (18), após anos de salários atrasados.

Há cerca de um ano e oito meses, os trabalhadores firmaram um acordo judicial com a empresa que previa que os salários seriam pagos em quatro parcelas, uma em cada semana do mês. Entretanto, o acordo era violado pela empresa, que pagava apenas duas parcelas, ou seja, meio salário mensalmente.

Em 2019 os jornalistas passaram a receber um oitavo do salário por semana, e em alguns meses chagavam a receber apenas uma parcela do pagamento ao mês. Para alguns, isso significava menos de 500 reais mensais.

A categoria votou por greve a partir de segunda-feira (18), mas foi surpreendida por um aviso da empresa no último domingo (17), que informava aos trabalhadores que a gestão da empresa passaria ao empresário Ítalo Barioni, especialista em recuperação econômica de empresas.

Com a nova gestão, também foi anunciada uma nova equipe de jornalistas, todos contratados via pessoa jurídica (PJ), e com salários reduzidos. Apesar de Ítalo Barioni assumir a frente da empresa, os donos se mantêm os mesmos que atrasaram mais de 20 meses de salários.

A proposta da empresa ao sindicato é para que todos os trabalhadores saiam em greve e sejam demitidos ao final dos 30 dias, sem os salários atrasados. A nova gestão também propôs de colocar um dos prédios do jornal em leilão judicial.

São cerca de 30 trabalhadores que serão demitidos em um contexto de crise econômica e social profunda, com o número de desemprego cada vez maior. Com a pandemia, o governo Bolsonaro aproveita para atacar ainda mais os desempregados, atrasando o INSS e acabando com as parcelas do auxílio emergencial. Em São Paulo, João Doria, que trava oposição ao Bolsonaro, não é tampouco uma saída a esses trabalhadores: com um histórico comum aos tucanos de ataques aos direitos trabalhistas, exemplo dado recentemente com sua defesa acirrada à reforma da previdência.

Nós do Esquerda Diário prestamos total solidariedade aos jornalistas em greve, pelo cumprimento dos direitos dos trabalhadores e por nenhuma demissão!

 
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