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NENHUMA DEMISSÃO NA FORD
Por que os Metroviários de SP devem apoiar a estatização da Ford sob controle operário?
Rodrigo Tufão
diretor do sindicato das Metroviárias e Metroviários de SP e do Movimento Nossa Classe

O anúncio do fechamento da Ford no Brasil é mais um capítulo da crise capitalista que se aprofundou com a pandemia. Uma cadeia produtiva gigante que deve colocar no desemprego mais de 100 mil pessoas. Mesmo depois de ter altas taxas de lucro e recebido 20 bilhões em insenções de impostos nos últimos anos, a Ford fecha suas portas no país sem se importar com os danos sociais que isso vai causar. É a ganância capitalista mostrando sua perversidade em meio a maior crise sanitária da história, jogando todo ônus dela nas costas dos trabalhadores, como vem sendo praxe dos governos nos últimos anos depois do golpe de 2016, com demissões, teto de gastos, reforma trabalhista e da previdência.

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O que os Metroviários tem haver com isso?

No Metrô de SP não estamos isentos dessa crise. São diversos ataques a direitos, terceirzações, cortes saláriais e demissões que a direção da empresa a mando de Doria aplica na categoria. Se já não bastasse estar trabalhando durante toda a pandemia, arriscando a vida para manter o mínimo de funcionamento na cidade, os Metroviários tem que enfrentar a política do governo, que se aproveita da situação para avançar seu projeto de privatização. Essa ofensiva de Doria está no mesmo contexto do fechamento da Ford. É a ganância capitalista querendo abocanhar uma empresa lucrativa como o Metrô.

O único jeito de derrotar esse processo de ataques, processo que é nacional, é unificando os trabalhadores para lutar. Se barrarmos as demissões na Ford, estaremos em condições muito melhores para barrar a precarização e os cortes de direitos no metrô, as privatizações, a reforma administrativa que vai cortar ainda mais da saúde, e todos os ataques. No sindicato dos Metroviários de SP, CUT e CTB são as maiores forças dentro da diretoria colegiada, ambas dirigem dois dos três sindicatos da Ford, respectivamente em Taubaté e Camaçari. Nos sindicatos filiados a essas centrais em outras categorias, se encontram milhões de trabalhadores. É urgente um chamado de unidade a todos para barrar essas demissões. Juntos com os trabalhadores da Ford, os entregadores de aplicativos e todos os milhares de sindicatos filiados a essas centrais, poderia se levantar um movimento nacional contra as demissões e por direitos.

A política que o governo Doria está aplicando nos Metroviários durante essa crise sanitária, seriam enfrentados em outro patamar caso exista um movimento nacional de trabalhadores, dando um basta nas demissões e ataques a direitos que os patrões e os governos promovem Brasil a fora. A derrota da extrema direita que se expressa na figura asquerosa de Bolsonaro, e a direita golpista que ataca os direitos do povo, não se dará em acordos no Congresso Nacional com o centrão pelo impeachment. Apenas com mobilização de base dos trabalhadores por suas demandas e por uma nova constituinte no país imposta pela luta, para varrer o regime do golpe de 2016, garantindo uma resposta de verdade à pandemia, colocando as vidas acima do lucro, garantindo todas as medidas necessárias e vacina gratuita para todos, controlada pelos trabalhadores do SUS, será possível acabar com a herança da ditadura militar e o atual regime golpista, derrotando o bolsonarismo no país.

 
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