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PAÍSES BAIXOS
Governo holandês renuncia após escândalo em gestão de subsídios sociais
Redação

Nesta sexta-feira o governo liberal de Mark Rutte renunciou coletivamente após o escândalo na gestão de subsídios para creches, no qual mais de 10 mil famílias, muitas imigrantes, foram indevidamente acusadas de fraudes de subsídios governamentais, sendo forçadas a devolverem dezenas de milhares de euros ao estado, o que levou muitas famílias a miséria e a perderem suas casas.

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Primer ministro holandés, Mark Rutte. Efe.

O governo holandês apresentou sua renúncia em bloco nesta sexta-feira devido à polêmica causada por ilegalidades administrativas na gestão de ajuda a famílias com crianças, que afetou principalmente famílias de migrantes e levou muitos a se endividarem para devolver à agência tributária o que receberam durante anos.
Apenas dois meses antes das eleições legislativas, o gabinete do liberal Mark Rutte assumiu a responsabilidade política pelo ocorrido, considerado pela imprensa o maior escândalo político e administrativo das legislaturas de Rutte, a frente de sucessivos governos desde 2010.

O Executivo permanecerá como governo interino até as eleições parlamentares de 17 de março, o que lhe permitirá continuar administrando a pandemia e aplicando as restrições necessárias como parte do atual confinamento, que mantém todas as atividades não essenciais fechadas até pelo menos 9 de fevereiro.

O evento ocorre após a renúncia do líder do Partido Social Democrata dos Países Baixos (PvdA) e ex-ministro dos Assuntos Sociais, Lodewijk Asscher, devido a este mesmo escândalo de discriminação na atribuição de ajuda às famílias para o cuidado de seus filhos.

O social-democrata Asscher era Ministro dos Assuntos Sociais quando ocorreu essas ações. Ele foi responsável durante seu mandato como ministro, a partir de 2014, pelo corte do subsídio de ajuda por filho para famílias. Hoje se sabe que foi uma ação planejada que atingiu dezenas de milhares de famílias, numa política abertamente xenófoba e ligada às diretrizes liberais da coalizão da qual fazia parte.

Os primeiros casos datam de 2014, época em que a agência tributária passou a enviar cartas a mais de 26.000 famílias acusando-as sem fundamento de fraude para obterem ajudas para custear a creche dos seus filhos e exigindo a devolução de dezenas de milhares de euros recebidos em benefícios, em prestações que não ultrapassavam semanas, o que levou muitos a perderem a casa, o trabalho e se endividarem para levantar o dinheiro.

 
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