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VACINAÇÃO
Bolsonaro suspende compra de seringas, mostrando fiasco de planejamento e ganância capitalista
Redação

Enquanto outros países avançam na imunização da população, Brasil não tem sequer as seringas asseguradas para a vacinação de toda a população, fruto do fiasco de planejamento de Bolsonaro e da ganância da indústria farmacêutica que especula com a demanda da população.

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O presidente Jair Bolsonaro responsabilizou nesta quarta-feira a indústria pelo fracasso do governo na aquisição de seringas. Ele afirmou que a compra do produto está suspensa até que "os preços voltem à normalidade".

"Como houve interesse do Ministério da Saúde em adquirir seringas para seu estoque regulador, os preços dispararam e o MS suspendeu a compra até que os preços voltem à normalidade", disse. O presidente destacou que o Brasil consome 300 milhões de seringas por ano e que é um dos maiores fabricantes desse material.

Segundo ele, os entes da Federação contam com estoque suficiente para uma primeira etapa de imunização. "Estados e municípios têm estoques de seringas para o início das vacinações, já que a quantidade de vacinas num primeiro momento não é grande", declarou.

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No dia 29 de dezembro, o governo fez uma requisição de estoques excedentes de agulhas e seringas na indústria nacional. Como o Estadão/Broadcast revelou, o Ministério da Saúde só conseguiu lances válidos para 7,9 milhões das 331 milhões de seringas e agulhas procuradas por meio de pregão eletrônico.

De um lado a falta de planejamento do governo Bolsonaro que não se antecipou à evidente necessidade de insumos para a aplicação das vacinas, numa mostra da precariedade do plano de vacinação. Por outro lado, uma mostra da ganância capitalista que prefere especular com uma demanda vital da população elevando os preços desses insumos, ao invés de colocar seus esforços para aumentar a produção e ajudar a garantir a imunização geral.

Enquanto isso, governadores como João Dória que sempre se alinhou a Bolsonaro na defesa das políticas neoliberiais e nos ataques contra os trabalhadores, também não possui um plano sério para garantir a vacinação e medidas de proteção contra a covid em seu estado. Um mostra de como os políticos burgueses mesmo quando divergem do negacionismo bolsonarista é para seguir defendendo a irracionalidade capitalista, onde o lucro das empresas está a frente das vidas.

Uma enorme expressão da miséria produtiva do capitalismo em que os interesses privados, a busca pelo lucro, estão sempre acima do interesse coletivo. Somente o controle da produção pelos trabalhadores pode assegurar o direcionamento de todos os recursos para o enfrentamento da pandemia, assim como deveria ter sido feito com a disponibilização de leitos de UTI, equipamentos respiratórios, centralizando todos esses recursos no Estado, além de reconvertendo a produção de produtos não essenciais para a produção de todos os insumos e produtos necessários ao enfrentamento da pandemia.

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