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Não satisfeitos com todos os ataques que já passaram contra a juventude e os trabalhadores, Bruno Covas e João Doria (ambos PSDB) decidiram agora no último mês do ano retirar o direito da gratuidade do transporte público dos idosos entre 60 anos e 65 anos, a parir do próximo ano de 2021. Covas já havia retirado o direito da meia passagem para estudantes durante a fase de pandemia, agora ataca, junto com Doria, o direito dos idosos dessa faixa etária permanentemente.
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Covas conseguiu já passar através de manobras a aprovação na Câmara Municipal, faltando apenas sancionar o projeto. Doria editou no Diário Oficial que suspende a regulamentação da lei estadual desse direito. Para os idosos acima de 65 anos, a gratuidade é garantida pelo Estatuto do Idoso. Essa lei que ambos derrubam foi aplicadas depois de 2013, quando a classe trabalhadora e juventude foram às ruas contra o aumento das passagens. Agora com a crise e com a falta de uma esquerda que mobilize a classe, direitos antes conquistados estão sendo arrancados.
Covas e Doria alegam que isso faria parte de uma redução necessária de gastos do governo. Entretanto, como alegou o geógrafo Rafael Calábria para o Estadão (coordenador do Programa de Mobilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - Idec), esse argumento não justifica a retirada do direito: “a remuneração dos novos contratos de ônibus já não paga mais as empresas por passageiro, então não importa para o governo se o passageiro é gratuito ou não. Além disso, é um ataque aos direitos às pessoas, feito na surdina”.
Os governos federal, estaduais e municipais seguem com seus ataques contra os direitos dos idosos, destruindo suas aposentadorias e precarizando suas vidas, depois tantos anos de trabalho, de exploração em prol do lucro de grande empresários e donos de terras que se beneficiam da retirada de todos os direitos dos trabalhadores.
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