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CÂMARA DOS DEPUTADOS
PT, PCdoB, PSB e PDT decidem apoiar candidato de Maia à presidência da Câmara
Redação

Os partidos PT, PCdoB, PSB e PDT, decidiram se somar ao bloco de Rodrigo Maia, do DEM, na disputa pela presidência da Câmara. A dita “esquerda” do parlamento mais uma vez se une ao centrão e os golpistas em uma suposta defesa da democracia.

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Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados

PT, PCdoB, PSB e PDT se uniram ao bloco formado por DEM, MDB, PSDB, PSL, Cidadania e PV para apoiar o candidato à presidência da Câmara dos Deputados que for indicado por Rodrigo Maia, que atualmente ocupa tal cadeira. Maia ainda não anunciou seu indicado, mas os cotados à posição são Aguinaldo Ribeiro (PP) e Baleia Rossi (MDB).

A justificativa dada pelos maiores partidos da dita “esquerda” do parlamento para essa aliança - o PSOL deve indicar candidatura própria - foi uma suposta defesa da democracia contra o autoritarismo de Bolsonaro, representado pelo candidato Arthur Lira, do PP, o preferido do reacionário presidente. Porém, um dos possíveis candidatos de Maia é do mesmo PP do indicado de Bolsonaro, sendo um dos principais articuladores do chamado “Centrão”.

Esses partidos que agora se ligam ao bloco de Maia se colocam como oposição ao governo Bolsonaro, porém rapidamente se aliam ao bloco que esteve à frente da aprovação de diversos ataques aos trabalhadores, ataques esses nos quais Bolsonaro e Centrão estiveram bastante alinhados para aprovar com pressa. Foi sob a presidência de Rodrigo Maia, do DEM, partido herdeiro da ARENA da ditadura militar, que a reforma da previdência foi aprovada, e foi esse bloco que esteve à frente de todo o processo do golpe institucional de 2016, que nos traz até onde estamos hoje.

PT, PCdoB, PSB e PDT gritam alto palavras vazias contra Bolsonaro, mas não perdem nunca uma oportunidade para se aliar aos golpistas e suas pautas anti-trabalhadores, justamente aqueles responsáveis por colocar o ex-capitão do exército na presidência, com quem sempre atuam conjuntamente também. Isso é parte da estrutura destes partidos, que longe de se colocarem verdadeiramente em defesa dos direitos da classe trabalhadora, são adeptos de políticas de conciliação de classes, sempre negociando os direitos dos trabalhadores com formas de manter os privilégios dos políticos e os lucros da burguesia.

Não é com conciliação de classes que se faz uma verdadeira oposição de esquerda ao governo Bolsonaro. Somente com independência de classe que a luta da classe trabalhadora poderá realmente enfrentar o bolsonarismo, e também o golpismo e todos aqueles que se unem em torno do objetivo comum de servir aos interesses da burguesia e atacar os direitos dos trabalhadores.

 
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