Segundo o Financial Times, empresas de energia, petróleo e mineração com sede nos Estados Unidos não serão submetidas aos relatórios anticorrupção usuais na União Europeia e no Canadá.
Tais relatórios se baseiam na Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) ou Lei de Práticas de Corrupção no Exterior, uma lei estadunidense que dita protocolos anticorrupção no mundo todo. Ela é aplicada à Petrobrás e é uma das formas que o imperialismo ianque interfere na estatal brasileira.
Porém, após ação de grupos de lobby que representam empresas como Chevron e ExxonMobil, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) passou a adotar regras mais flexíveis às empresas americanas. A partir de agora estas empresas não serão mais obrigadas a divulgar pagamentos associados a contratos de projeto específicos.
Essas regras, mais rígidas como eram, colocavam as empresas americanas em desvantagem com o resto do mundo, foi o argumento o grupo American Petroleum Institute, segundo a reportagem da Financial Times.
Isso tudo vem em mais uma mostra de, como sempre afirmamos no Esquerda Diário, a Lava Jato nunca teve a ver com combate à corrupção e sempre foi uma operação do imperialismo ianque para avançar na privatização da estatal e atrapalhar empresas global players como a Odebrecht, que competiam com empresas americanas. Basta ver que a investigação foi super seletiva em alguns ramos da empresa, enquanto deixou outros de fora. Os ramos que ficaram de fora são justamente os ligados a contratos com empresas estrangeiras e americanas.
Além disso, atualmente os funcionárias da Petrobrás estão recebendo treinamento "anticorrupção" como parte do acordo fechado com o Ministério Público, orientado pelo departamento de justiça norte americano. Treinamento esse que é baseado em leis estadunidenses também.
Por isso, reforçamos o que sempre viemos falando nesse diário sobre o caráter da Lava Jato. Basta ver que nos últimos anos a entrega dos recursos naturais ao imperialismo aumentou exponencialmente. Por isso, frente as tentativas do imperialismo de aumentar o espólio de nossas riquezas e da corrupção das cúpulas gestoras, os trabalhadores precisam defender uma Petrobrás 100% estatal e gerida por eles!
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