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IMIGRANTES HAITIANOS
União Social dos Imigrantes Haitianos está sob ameaça de despejo
Redação

Entidade foi criada em 2014 e é uma das referências para e auxiliar os haitianos que chegam ao Brasil

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A sede da União Social dos Imigrantes Haitianos (USIH), no bairro da Liberdade, em São Paulo, corre risco de despejo. A dívida da entidade soma mais de R$15 mil. A perda do espaço vai afetar a assistência concedida aos haitianos em meio à crise. Só neste ano, foram distribuídas mais de 600 cestas básicas.

“Desde maio, a gente começou a receber muitas demandas, especialmente com a alimentação. Pessoas que estavam com um choque psicológico na cabeça, que não sabiam o que fazer, precisavam de alguém para conversar, precisavam de comida, de dinheiro para pagar o aluguel”, explicou Fedo Bacourt, coordenador da USIH, ao jornal Brasil de Fato.

Principal alternativa econômica dos imigrantes no país, o trabalho ambulante se tornou inviável no auge da pandemia por conta do isolamento social.

"O problema urgente que a USIH tem que resolver é alimentar as crianças que estão em casa, que as mães não tem como sair para poder buscar uma comida na rua. São pessoas em uma situação lamentável”, apontou Fedo.

Hoje, mais de 22 mil haitianos recebem o auxílio emergencial, de acordo com a Caixa Econômica Federal. O benefício, no entanto, acaba no final do mês e não contempla a maioria dos haitianos que vivem no país.

Segundo dados da Polícia Federal organizados pela Universidade de Campinas (Unicamp) e pelo Observatório das Migrações em São Paulo, mais de 135 mil haitianos entraram em território brasileiro entre 2000 e 19 de março de 2020 - quando as fronteiras terrestres foram fechadas.

O Brasil, desde o pós-terremoto de 2010 no Haiti, tem sido um dos países procurados pelo refugiados haitianos. Como em São Paulo, maior capital do país, a situação enfrentada nacionalmente pelos imigrantes é marcada pela xenofobia, pelo racismo e a precarização de vida. Com a pandemia, e o aprofundamento da crise econômica, eles foram atingidos brutalmente e muitos perderam suas rendas, tendo que enfrentar empregos informais, colocando o sustento das suas famílias e o funcionamento da USIH em risco.

“No princípio, em 2012, 2013 e 2014, era muito fácil ter um emprego, especialmente na construção civil, na limpeza. Mas de 2015 para cá, as dificuldades são enormes. A gente está enfrentando muito racismo institucional, xenofobia, pessoas que não falam a língua e as empresas estão se aproveitando dessas pessoas”, revela.

Divulgamos campanha de arrecadação impulsionada pela USIH através deste link:
https://www.kickante.com.br/campanhas/ajude-uniao-social-dos-imigrantes-haitianos

O Esquerda Diário sempre defendeu a garantia de todos os direitos aos imigrantes, combatendo a divisão da classe trabalhadora que a burguesia tenta nos impor e defendendo a unidade das fileiras operárias e o internacionalismo. Especialmente no caso dos haitianos, que protagonizaram a primeira revolução em que os escravos negros tomaram o poder naquele país e séculos depois ainda sofrem com a enorme espoliação imperialista e com os efeitos da ocupação militar encabeçada pelo Brasil, consideramos um dever de primeira ordem batalhar com todas as forças por essa unificação! Todo nosso apoio aos nossos irmãos imigrantes! A classe trabalhadora é uma só e sem fronteiras!

 
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