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Inflação dos supermercados soma alta assustadora de 12,53% no ano
Redação

Grandes empresários, banqueiros, donos de supermercados tripudiam dos trabalhadores privando sua alimentação básica com inflação descontrolada e lucram ainda mais durante a pandemia.

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(Pilar Olivares/Reuters)

Os supermercados de São Paulo registraram alta na inflação nesse final de ano. A taxa ficou em 1,58% em novembro, enquanto o mesmo setor alcançou níveis superiores de lucros em 2020. Os trabalhadores amargam cada dia mais com o preço dos alimentos básicos.

Entre Janeiro e Novembro, o preço dos alimentos sofreu um aumento de 12,53 %, dado registrado pelo Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) e pela Fipe.

Itens da cesta básica também tiveram aumento, embora menores, e no acumulado do ano os percentuais continuam lá no alto de forma assustadora. No ano de 2020, cereais tiveram alta de 49,58%, legumes 35,25% e óleos 61,36%.

A alta dos preços foi ocasionada principalmente pelas proteínas, o preço da carne subiu quase 40% nos últimos 12 meses. Segundo a Apas, o custo de produção subiu em decorrência “da alta da ração dos animais”.

Sabemos que esse aumento é ocasionado em prol dos lucros que o agronegócio tem tido com as exportações. Com o aumento da demanda por suínos e a demanda internacional de importação, devido a valorização do dólar, exporta-se mais carnes (bovinos e suínos) e grãos, como milho, soja e arroz, assim lucram ainda mais os empresários do agronegócio.

Isso causa uma escassez no mercado interno, fazendo com que os preços aumentem, diante do irrisório salário mínimo a alimentação da classe trabalhadora tem consumido grande parte desse valor, enquanto a burguesia não sente o impacto do aumento de preços na pele.

E a previsão para os próximos meses não é de melhora desse cenário, não há nenhum sinal de desaceleração no forte aumento dos preços no atacado, e permanece o temor do encarecimento do IPA (Preço ao Produtor Amplo) dos produtos agropecuários.

Além disso, Bolsonaro primeiro reduziu pela metade o auxílio emergencial e já deixou claro que seu fim está marcado para este mês de dezembro, a tendência é mais miséria e fome.

Enquanto o governo Bolsonaro se apoia nessa miséria com a desculpa de melhorar a economia para passar mais ataques (reforma da previdência, MP 936, entre outros) os dados só mostram o aumento da carestia de vida.

A mesma realidade também se expressa nos âmbitos estaduais e municipais e fica cada vez mais claro que independente dos discurssos e posturas gestoras todos (Bolsonaro, Mourão, golpistas, STF) se unificam para manter os lucros dos capitalistas as custas da vida de milhares de trabalhadores que sofrem até para conseguir a alimentação básica de cada dia.

 
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