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RACISMO
Treinador do Benfica faz comentário absurdo sobre suspensão de jogo do PSG: "Está na moda isso do racismo”
Redação

Técnico deu declaração relativizando o caso de racismo denunciado pelas equipes.

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FOTO: Miguel Riopa/AFP

Um dia depois de os jogadores do Paris Saint-Germain e Istanbul Basaksehir corretamente se recusarem e seguir com a partida por conta de uma fala racista do quarto árbitro durante o jogo, o técnico Jorge Jesus do Benfica foi questionado sobre o ocorrido. Embora o técnico tenha evitado fazer comentários mais longos sobre o caso, declarou que o assunto “está muito na moda”.

“Não sei o que aconteceu, o que se falou, o que se disse, mas hoje está muito na moda isso do racismo. Como cidadão, tenho direito de pensar à minha maneira e só posso ter uma opinião concreta quando souber o que se disse naquele momento”, disse o treinador em uma coletiva de imprensa. Ainda disse que “Hoje, qualquer coisa que se possa dizer a um negro é sempre sinal de racismo, a mesma coisa contra um branco já não é sinal de racismo, mas não sei o que disseram.”

Entretanto, como bem colocou o jogador do Istanbul Basaksehir Demba Ba, ao confrontar o quarto árbitro sobre sua fala direcionada ao auxiliar técnico de sua equipe, Pierre Webó: "Você nunca diz: ’este cara branco’, você diz ’este cara’. Então me ouça, por que quando você menciona um cara negro você diz ’este cara negro?”.

Não é possível que se relativize casos de racismo no esporte que concentra 90% dos casos de discriminação, como é o futebol, casos esses que são abafados cotidianamente pelas autoridades das grandes federações. O caso em questão ocorreu na mesma semana em que duas crianças negras foram executadas a sangue frio pela polícia em Duque de Caxias, outras duas vítimas do racismo.

É necessário se indignar com cada uma das expressões de racismo em nossa sociedade, se inspirando na luta do movimento Black Lives Matter nos EUA, que levou diversas equipes de inúmeros esportes a paralisarem campeonatos em indignação contra a violência racista e em solidariedade aos manifestantes nas ruas contra a violência policial.

 
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