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RIO DE JANEIRO
Crivella atrasa pagamento de salário de 16 mil trabalhadores da saúde no RJ
Redação

Em meio ao aumento de casos de coronavírus no Rio de Janeiro e com 97% das vagas em UTI ocupadas na rede municipal, 16 mil trabalhadores da saúde ainda não receberam o salário de novembro por parte da prefeitura de Marcelo Crivella. O prefeito eleito Eduardo Paes já afirmou a impossibilidade de pagamento do 13º aos servidores públicos.

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Foto: Hermes de Paula em 28-09-2020 / Agência O Globo

16 mil profissionais da saúde que trabalham na linha de frente do combate ao coronavírus na rede municipal do Rio de Janeiro ainda não receberam o pagamento de novembro. Entre as unidades mais afetadas com o atraso estão os dois hospitais de referência para tratamento por covid-19: o hospital de campanha do Riocentro e o Ronaldo Gazolla, administrados pela empresa pública Rio Saúde.

O revoltante atraso dos salários dos trabalhadores que todos os dias arriscam suas vidas para salvar outras acontece em meio à crescente de casos e óbitos por covid-19 no Brasil. Apenas no Estado do Rio de Janeiro foram registradas nas últimas 24 horas 119 mortes e 3.337 casos da doença. Na rede municipal, 97% das vagas em UTI estão ocupadas.

Além do direito básico ao recebimento de salário não ser garantido, os servidores públicos do Rio de Janeiro também enfrentam um grande “cala a boca” por parte de Marcelo Crivella (Republicanos). Após afirmar que não irá pagar o 13º salário dos servidores, o prefeito assinou nesta terça-feira (08) um decreto com um novo Código de Ética do Agente Público do Poder Executivo do Município que basicamente proíbe que o servidor público possa opinar publicamente “de modo depreciativo” sobre atos da Administração Pública ou sobre o desempenho de outro servidor.

O desrespeito com os trabalhadores públicos não é novidade: em 2019 os servidores cariocas tiveram os salários do final do ano e o 13ª parcelados. Também no ano passado, a prefeitura do Rio chegou a ter as contas bloqueadas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para que fosse feito o pagamento dos terceirizados da Saúde.

O prefeito eleito Eduardo Paes (DEM) mostra a que veio: sua equipe já afirmou a indisponibilidade da prefeitura para quitar o 13º e o salário de dezembro, e não indica nenhuma data para um possível pagamento. Diante dos absurdos de Crivella, Paes é um representante do regime político do golpe institucional de 2016, uma continuação dos ajustes contra as vidas dos trabalhadores e dos mais oprimidos, enquanto defende os privilégios de poucos mega empresários. É preciso uma resposta organizada dos sindicatos, apoiados nos partidos e movimentos de esquerda, para lutar pelos direitos dos profissionais da saúde.

 
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