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Feminismo e Marxismo
“Classe, raça e gênero”: confira a abertura do encontro do Seminário Teórico Feminismo e Marxismo
Pão e Rosas NE/ES

Com o debate “Classe, Raça e Gênero”, no último sábado (5), com Leticia Parks, professora e fundadora do Quilombo vermelho, assim como editora do livro A Revolução e o Negro, e Cristina Santos, turistóloga e militante do Quilombo Vermelho, aconteceu o terceiro encontro do I Seminário Teórico Feminismo e Marxismo - NE e ES. O quarto e último encontro debaterá “LGBTs e marxismo”, com Virgínia Guitzel e Marie Castañeda, neste sábado (12), às 18h.

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A agrupação feminista socialista e revolucionária Pão e Rosas realizou nos dias 7 e 21 de novembro e 5 de dezembro o I Seminário Teórico Feminismo e Marxismo - Nordeste e Espírito Santo. O próximo encontro será neste sábado (12), sobre “LGBTs e marxismo”.

O primeiro encontro, intitulado “Por que separar a Igreja do Estado?”, com uma análise histórica, debateu a necessidade de separar a Igreja do Estado e as implicações contemporâneas dessa relação, com Janaína Freire, professora universitária na AESET/PE e doutora em Ciências Sociais pela UFCG e Marie Castañeda, estudante da UFRN e militante da Faísca Natal.

O segundo encontro, intitulado “As mulheres na Revolução Russa” com Paula Almeida, tradutora e doutora em Literatura e Cultura Russas (USP) e das Edições Iskra, e Sara Fernandes, estudante de Serviço Social na UFES e militante da Faísca Espírito Santo, debateu sobre as ideias que guiavam a atuação dos bolcheviques para pensar a libertação das mulheres, baseadas em pôr fim às amarras ao lar e trabalho doméstico, o amor livre, a concepção de fim da família, a incorporação da mulher na produção e como se deu a burocratização do stalinismo, para debater quais lições estratégicas podemos tirar.

O terceiro encontro, teve como debate “Classe, Raça e Gênero”, no último sábado (5), com Leticia Parks, professora e fundadora do Quilombo vermelho, assim como editora do livro A Revolução e o Negro, e Cristina Santos, turistóloga e militante do Quilombo Vermelho. Foi debatida a origem do racismo vinculada à exploração, dialogando sobre as amarras do patriarcado e seu bem sucedido casamento com o sistema capitalista. Confira a abertura:

Na sexta (4), duas meninas, Emily e Rebeca, na sexta (4), foram mortas por um policial, um agente fardado do Estado que atirou em suas cabeças, no Rio de Janeiro. Nesta terça (8), uma trabalhadora foi assassinada dentro de sua própria casa pela polícia, em Porto Alegre. Essa é a dor das mulheres, de mães, avós, assim como Mirtes, mãe de Miguel, menino que caiu de um prédio pelo descaso da patroa Sari Corte Real no Recife - PE. Esses revoltantes episódios não passaram sem respostas, sem manifestações, incendiadas pelo espírito da luta negra dos EUA, como foi com mulheres organizando um ato em frente ao hospital no Recife para que uma menina de apenas 10 anos pudesse exercer seu direito de abortar, depois de ser vítima de estupro no Espírito Santo.

Também 1000 dias se completam da luta por justiça por Marielle Franco, vereadora, mulher negra e LGBT, executada em plena intervenção federal no Rio de Janeiro, em 14 de março de 2018. A execução de Marielle é uma ferida aberta do regime do golpe institucional, lutando não apenas contra Bolsonaro e Mourão, mas contra todas as instituições desse regime golpista e seus poderes instituídos (STF, Congresso nacional, etc.) que nos trouxeram até aqui, na batalha pela defesa de todos os direitos democráticos e sociais das mulheres, dos negros, das LGBT, da classe trabalhadora e do povo pobre, que são pisoteados diariamente com ataques como com a portaria de regime de custódia para mulheres que abortarem, suspendendo HIV, Aids e hepatites virais no SUS e as reformas da previdência e trabalhista, que rebaixam ainda mais as condições de vida das trabalhadoras.

A realidade de que as mulheres são metade da classe trabalhadora desse país impõe que sejam a linha de frente da luta de classes, lado a lado com os trabalhadores, como a História comprovou com revoluções tendo como estopim greves de mulheres, assim como as LGBT, que ocupam os protagonismo nos postos de trabalho mais precarizados, como o telemarketing. Por isso, precisamos dar uma saída de fundo a todos esses problemas sociais, sanitários, políticos e econômicos que assolam as mulheres, as LGBT, a classe trabalhadora e o povo pobre, confiando apenas na força da nossa mobilização, na auto-organização dos setores oprimidos aliados à classe trabalhadora, e, nesse sentido, se utilizar de armas que são fundamentais para nos preparar para o combate. Foi nesse sentido que o Pão e Rosas realizou nos dias 7 e 21 de novembro e 5 de dezembro o I Seminário Teórico Feminismo e Marxismo - Nordeste e Espírito Santo.

As gravações das falas de abertura estão disponíveis no canal do youtube do Esquerda Diário.

O Esquerda Diário e Grupo de Mulheres Internacional Pão e Rosas convidam a todas e todos a participarem do último encontro do I Seminário Teórico Feminismo e Marxismo, no dia 12, e a construir conosco um feminismo socialista, para que não sejamos nós a pagar as contas da crise, e para lutar para pôr fim ao patriarcado, ao racismo e ao capitalismo.

O quarto e último encontro será no dia 12 de dezembro, intitulado “LGBTs e marxismo”, fazendo uma discussão sobre o marxismo histórico relacionado à questão LGBT, para debater qual estratégia para batalharmos pela emancipação sexual e de gênero, dialogando também com os temas da Revolução Russa e a teoria da Revolução Permanente de Leon Trotski, com Virgínia Guitzel, poeta e estudante de Humanidades na UFABC, e Marie Castañeda, estudante da UFRN e militante da Faísca Natal.

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