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LIGA DOS CAMPEÕES
Jogadores do Basaksehir e PSG deixam o campo após racismo da arbitragem
Redação

Protesto ocorreu depois que o camaronês Pierre Webó, assistente técnico do Basaksehir, foi expulso ao reclamar de ato racista do árbitro Sebastian Coltescu. A partida da Champions era acompanhada por 600 mil pessoas e foi suspensa.

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Imagem: Xavier Laine/Getty Images

Os 22 jogadores em campo do Paris Saint-Germain e do Istanbul Basaksehir, da Turquia, deixaram o gramado no primeiro tempo da partida de hoje, no Parque dos Príncipes, em protesto contra o racismo da arbitragem. Ambos os times se revoltaram após o assistente técnico do Istanbul Basaksehir e ex-jogador, o camaronês Pierre Webó, ser expulso pela arbitragem ao reclamar de ter sofrido racismo por parte do quarto árbitro romeno, Sebastian Coltescu.

A UEFA suspendeu a partida, e nas redes sociais o assunto gerou ampla comoção antirracista entre as mais de 600 mil pessoas que acompanhavam o jogo. Segundo relatos de diferentes veículos da imprensa europeia, Coltescu disse “vai embora, preto!” para Webó, que o questionou “O que você falou? Porque disse preto?”. Após isso, o árbitro principal, Ovidiu Hatagan, se aproximou da cena e deu cartão vermelho para Webó.

A ofensa racista se deu aos 14 minutos do primeiro tempo do jogo, e o protesto contou com os jogadores reservas e das comissões técnicas das duas equipes. Os brasileiros Marquinhos e o atacante Neymar - que sofreu racismo em partida na França recentemente - estiveram presentes pelo PSG, e na na equipe turca o lateral-direito Rafael também estava em campo e se retirou.

O futebol é o esporte que concentra 90% dos casos de discriminação, um absurdo que contrasta com os pronunciamentos das autoridades das grandes federações, que se recusam a reconhecer a existência do racismo nos campos. Buscam abafar os casos polêmicos e perseguem jogadores e funcionários que se atrevem a questionar essa regra informal do esporte.

Veja também: A luta contra o racismo e as contradições do discurso liberal

Neste 2020 vimos como, durante o ápice do movimento Black Lives Matter nos EUA, times masculinos e femininos das ligas de basquete, beisebol e futebol paralisarem mega campeonatos em indignação contra a violência racista e em solidariedade aos manifestantes nas ruas contra a violência policial. Atitudes como aquelas e como a do PSG e do Basaksehir na Champions hoje denunciam o racismo com que negras e negros tem que se enfrentar diariamente nas quadras, em seus locais de trabalho, bem como nas ruas, vilas e casas invadidas pela polícia.

 
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