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LUCRO EM CIMA DA FOME
Supermercados de SP lucram mais em 2020, enquanto carestia aumenta para mais pobres
Redação

Os supermercados de São Paulo acumulam alta de vendas de 4% no ano de 2020 até o mês de outubro. Em 2019, o acumulado para o mesmo período foi de 0,6% em relação a 2018. Enquanto setores empresariais alcançam níveis superiores de lucros, os trabalhadores amargam com o preço dos alimentos básicos.

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Os dados são da pesquisa mensal sobre o faturamento real no Estado, divulgado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas). Os números são deflacionados e consideram o conceito de mesmas lojas - unidades em operação no tempo mínimo de 12 meses. A associação mencionada também espera um aumento de 8% em vendas nos supermercados.

Porém, ao contrário dos grandes empresários do setor de mercados, a população mais pobre e trabalhadora sente que seu salário compra cada vez menos com aumento do preço de alimentos básicos de sua alimentação. De acordo com o IBGE, por exemplo, na variação de preços ao consumidor, a batata registrou o maior aumento na prévia de novembro, com 33,37% de variação, ficando na frente de outros produtos importantes da cesta básica, como o tomate (19,89%), o óleo de soja (14,85%), as carnes (4,89%) e o arroz (8,29%).

Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a população trabalhadora que recebeu o auxílio emergencial o usou para a compra de mantimentos e produtos básicos para casa (65%), no pagamento das contas do dia a dia, como água, luz e energia (52%), na compra de medicamentos (32%) e no pagamento de dívidas em atraso (28%). Estes resultados seguem a tendências anteriores, como pesquisa Datafolha divulgada em agosto, que mostra os seguintes percentuais para o uso dos R$ 600 do auxílio emergencial: compra de alimentos: 53%; pagamento de contas: 25%; pagamento de despesas da casa: 16%.

Os grandes empresários proprietários das grandes redes de supermercados, em parceria com o agronegócio, foram alguns dos grandes setores econômicos que mais lucraram com o aumento do consumo de alimentos entre mais pobres que hoje sofrem com a escalada dos preços, com a redução do auxílio emergencial pela metade e seu fim marcado para este mês.

 
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