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Desmatamento ilegal da Amazônia mato-grossense foi de 88% nos últimos 12 anos
Redação

Uma análise recente divulgada pela ONG ICV (Instituto Centro de Vida), realizada a partir de dados da Prodes, programa do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que monitora o desmatamento dos biomas brasileiro, trouxe conclusões escandalosas sobre a situação da destruição da Amazônia, mostrando a concentração do desmatamento ilegal nas mãos dos latifundiários.

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Foto: MAYKE TOSCANO / Secretaria de Comunicação Social do Mato Grosso/Divulgação

Os dados do Prodes do último ano apontaram para um crescimento de 9,5% do desmatamento da Amazônia no período de agosto de 2019 à julho de 2020, comparado com o período anterior, entre 2018 e 2019.

A ONG ICV divulgou uma análise de que 88% do desmatamento da região amazônica do Mato Grosso dos últimos 12 anos foi ilegal. Desta porcentagem, 54% está concentrada em propriedade particular, ou seja, sabe-se os autores dessa destruição: os grandes latifundiários e empresários do agronegócio, já que os dados analisados também mostram que essas propriedades são enormes, de centenas de hectares para criação de gado. São menos de 2 mil propriedades rurais concentrando toda essa destruição ilegal no estado.

Outra pesquisa recente, esta realizada pela ONG britânica Global Witness, traz informações complementares, com uma investigação mostrando que empresas gigantes da pecuária compram gado dessas fazendas ilegais, não apenas do Mato Grosso, mas também do Pará e outros estados. Jbs, Marfrig e Minerva, que são os maiores frigoríficos brasileiros e grandes competidoras do mercado internacional, estão na lista dos financiadores do desmatamento ilegal na Amazônia.

O desmatamento ilegal e a destruição dos biomas brasileiros não é uma novidade do atual governo. Essas investigações mostram como as riquezas naturais do país sempre foram destruídas em prol dos lucros dos latifundiários, pecuaristas e grandes empresários do agronegócio. Agora, com o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, junto com seu vice Hamilton Mourão e o ministro Ricardo Salles, não há nem mesmo o discurso falacioso de tentar barrar essa destruição: com eles, passa-se a boiada e vende-se a Amazônia ao capital estrangeiro sem nenhum pudor, sob a mentira de que não há fogo, desmatamento nem destruição.

Não existe uma saída para a destruição da natureza e do meio ambiente no capitalismo, um sistema que sobrevive desse processo para gerar seus lucros. Há sempre uma enorme cadeia entrelaçada de interesses lucrativos para poucos, na qual é a natureza e a vida da classe trabalhadora que se perdem para que uma minoria mantenha seus lucros, luxos e privilégios. Se o capitalismo destrói o planeta em prol de seus lucros, então é mais que urgente destruir esse sistema avassalador.

 
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