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PRECARIZAÇÃO
Aplicativos como Rappi e iFood tem usado trabalho de menores no Brasil
Redação

Segundo a Fundação Thomson Reuters, menores de idade tem trabalhado para aplicativos de entrega no Brasil. Trabalho infantil como um todo cresceu 26% em São Paulo entre maio e julho.

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(Foto: Bruno Kelly/Reuters)

Uberização é o mais novo termo usado para designar a intensa precarização do trabalho. Sem qualquer direito trabalhista garantido, jovens menores de idade que não tiveram acesso a escola nesse ano, diante do desemprego nas alturas que afeta milhões de famílias, se inscrevem com documentos de parentes e trabalham mais de 10 horas por dia para levar sustento para casa, segundo reportagem da Fundação Thomson Reuters.

Além disso, levantamento da ONU feito com mais de 52 mil famílias em São Paulo mostrou um aumento de 26% no trabalho infantil no período de maio a julho.

As empresas Ifood, Uber Eats, Rappi e 99Food afirmaram não se responsabilizar pelos dados dos “usuários” (trabalhadores) dos aplicativos. Esse é o Brasil que Bolsonaro quer, onde a cada 15 dias uma criança morre por trabalho infantil. Nos últimos anos além das mortes foram 27.924 acidentes gravíssimos envolvendo trabalho infantil.

Em declaração as empresas de entrega afirmaram que são contra o trabalho infantil e investigam as denúncias de fraudes nos apps. Mas são apenas palavras ao vento, não há como esconder que o lucro dessas empresas está acima da vida dessa juventude. Não se responsabilizam em caso de acidentes de trabalho e já houve casos de morte em que o aplicativo perguntava como estava a entrega.

A perversão capitalista não tem limites, as ilusões que vendem de meritocracia e empreendedorismo escancaram uma realidade cruel de sangue e suor inclusive da infância. Em junho uma grande mobilização de trabalhadores de app ganhou as ruas do país e tomou proporções internacionais, acompanhando a luta antirracista nos EUA que se internacionalizou. O trabalho precário e uberizado tem classe e cor negra. É preciso retomar o caminho da mobilização batalhando pela unidade do conjunto da classe trabalhadora. Essas empresas precisam ser responsabilizadas! Nossas vidas valem mais que os lucros deles! Que os capitalistas paguem pela crise.

 
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