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JUSTIÇA POR MIGUEL
6 meses da morte de Miguel: Impor justiça a cada criança negra morta pelo racismo e o capitalismo
Mathias Nery

Caso Miguel, criança negra morta pela negligência da Sari Corte Real, patroa de Mirtes, mãe da criança e ex-empregada doméstica. Depois de 6 meses, o caso vai para julgamento. A patroa responde em liberdade, pagando R$ 20 mil de fiança após ser presa em flagrante por homicídio culposo. A justiça desse sistema racista está do lado dos patrões. É preciso impor justiça para Miguel com a força da nossa luta.

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Foto: cedida por Mirtes Renata

Hoje ocorrerá o julgamento de Sari Corte Real, patroa de Mirtes Renata e responsável pela morte de Miguel, uma criança negra de 5 anos, que morreu após ser abandonado no elevador do prédio pela patroa, enquanto Mirtes passeava com o cachorro. O vídeo do elevador mostra a cena do abandono de Miguel, que caiu do último andar do prédio, enquanto a patroa fazia suas unhas.

Mas não podemos confiar na justiça brasileira, que garante o encarceramento em massa da população negra e que sustenta esse regime do golpe, validando cada ataque para escravizar os ainda mais os trabalhadores e que afetam sobretudo as vidas negras

O caso de Miguel, é o retrato de um sistema que tem como inerente a sustentação e a prática do racismo. Mirtes, é uma empregada doméstica assim como sua mãe, função essa enraizada no histórico escravagista brasileiro que gestou a situação da precarização desse trabalho na atualidade. Para essa mãe, como de vária outras que vivem a estigma do racismo, a dor de não ver seu filho crescer e a impunidade da sua morte, são garantidos pelo Estado burguês.

Se não é a morte, o futuro da juventude é o da precarização. Os jovens negros são os que mais sofrem com o desemprego, são os que estão nos postos de trabalho mais precários, são negados a saúde e educação de qualidade, esse último com a existência do vestibular um filtro social e racial.

Neste ano que em vimos uma pandemia histórica, vimos o aprofundamento da crise econômica e política nacional e internacionalmente, também vimos o aumento da violência policial ceifar várias vidas de jovens, principalmente de jovens negros, e absurdos como o caso de Miguel e João Alberto. Porém, como resposta ao conjunto da podridão que vivemos vimos os a revolta negra exigindo justiça e bradando Black Lives Matter.

Aqui no Brasil precisamos exigir justiça a Miguel com nossas força, em uma luta antirracista contra todo bolsonarismo, contra um judiciário que nega direitos à classe trabalhadora e contra todo tipo de patrões que só querem nos subjugar. Temos que nos inspirar na luta norte-americana e nigerina, em justiça George Floyd e o EndSars respectivamente. Estamos juntos com Mirtes que hoje impulsiona uma forte denuncia contra o descaso patronal e racista que resultou na morte de seu filho.

Temos que impor justiça a Miguel, João Alberto, João Pedro, 9 jovens mortos em Paraisópolis, e todos negros e negras, todos da classe trabalhadora que o capitalismo insiste matar, por isso sem confiar no judiciário e nesse regime político escravista para enfrentar Bolsonaro, Mourão e todos os golpistas.

 
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