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CONSERVADORISMO
Sérgio Camargo diz “valorizar quem merece” e exclui nomes da lista de personalidades negras
Redação

Presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, divulgou a lista dos 29 referentes retirados da lista de Personalidades Negras. Segundo portaria oficial, a lista deve conter somente homenagens póstumas, retirando ícones como Elza Soares, Benedita da Silva, Conceição Evaristo, etc. Ainda assim, artista conhecido como Madame Satã, morto em 1976, também foi excluído da lista.

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Foto: Reprodução/Facebook
Na foto, Sérgio Camargo ao lado do presidente Jair Bolsonaro.

Nesta quarta-feira, o presidente da Fundação Palmares e jornalista, Sérgio Camargo, divulgou uma lista de nomes que foram excluídos da lista de Personalidades Negras da entidade. Tal medida se refere à portaria publicada no Diário Oficial no mês de novembro, em que o órgão passa a conferir somente homenagens póstumas.

Segundo Sérgio Camargo, a ideia é “valorizar quem merece”, como publicado em suas redes sociais, divulgando que todos os referentes vivos seriam excluídos e outros nomes adicionados.

Ao todo foram 29 personalidades retiradas da lista. Entre eles são Benedita da Silva, Conceição Evaristo, Elza Soares, Gilberto Gil, Leci Brandão, Martinho da Vila, Milton Nascimento. Além disso, foi retirado o nome póstumo de João Francisco dos Santos, artista mais conhecido como Madame Satã, que se tornou um símbolo LGBT depois de ter sido assassinado no Rio de Janeiro em 1976, demonstrando caráter conservador na escolha e retirada dessa homenagem póstuma.

Além de serem retirados nomes, Sérgio Camargo anunciou que o texto biográfico do site da Fundação Palmares também será excluído. Sobre as personalidades que estão vivas e supostamente por isso foram retiradas da lista, Camargo disse que “é certo que alguns nomes voltarão um dia. Mas acredito que a maioria não”.

As declarações feitas pelo jornalista e presidente da Fundação confirmam o teor ideológico da retirada de nomes da lista de Personalidades Negras, fazendo coro ao reacionarismo do governo racista de Bolsonaro.

 
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