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AUXÍLIO EMERGENCIAL
Bolsonaro diz que auxílio é "caminho para insucesso", mas bolsa-banqueiro segue intocável
Rafael Barros

Bolsonaro deu declaração hoje (01), dizendo que a prorrogação do auxílio emergencial é “caminho para o insucesso”. Também afirmou, sem citar nomes, que “alguns” querem perpetuar o auxílio no país.

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Foto: Adriano Machado/Reuters

A declaração mostra muito bem para onde aponta a seta do dinheiro e das prioridades do governo Bolsonaro. Afinal, essa semanao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o auxílio-banqueiro, o programa de assistência aos bancos feito em meio à pandemia, será permanente. Já sobre o auxílio emergencial para a população, Bolsonaro justifica seu fim dizendo que não se “vive dessa forma”.

Bolsonaro, que inicialmente queria um auxílio-emergencial de R$ 200, foi forçado a subi-lo para R$ 600, e conseguiu depois reduzi-lo pela metade, mais uma vez deixa claro que existem verbas para garantir o lucro de banqueiros, mas não para garantir as condições de vida dos trabalhadores e do povo pobre brasileiro, que se arrisca diariamente nas ruas, espremido entre o coronavírus de um lado, e o desemprego e a fome do outro.

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A justificativa de Bolsonaro só corrobora a posição de “Robin Hood às avessas” do Governo, que arranca dos pobres com seus ataques para encher o bolso dos banqueiros com este auxílio, e principalmente, claro, com a fraudulenta dívida pública.

Para o presidente, manter qualquer tipo de auxílio para a população significaria grandes danos econômicos. Sua resposta, está em consonância com Rodrigo Maia, que já pediu que a agenda de ataques volte a tomar seu curso, passadas as eleições, e que disse também que não vê a prorrogação do auxílio emergencial (válido até 31 de dezembro) como algo possível, e descartou renovar o auxílio na Câmara.

A frase de Bolsonaro (“não se vive dessa forma”) poderia muito bem ser dita pelos milhões de trabalhadores e trabalhadoras brasileiras, que, sem qualquer garantia do governo, se viram forçados a se arriscar nas ruas em meio à pandemia para garantir suas rendas. Aos milhares de entregadores, que se tornaram linha de frente e categoria indispensável durante a pandemia, mas às custas de um trabalho ultra precário de super exploração. Poderia ser dita também pelas trabalhadoras da saúde, que em muitos lugares do país, estiveram na linha de frente do combate ao vírus sem terem garantidas as mínimas condições de seguranças e EPIs.

Mas ela é dita por Bolsonaro, mostrando que esse governo só irá arrancar dos trabalhadores e dos mais pobres, em nome do lucro dos empresários e do bem estar dos banqueiros

 
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